É preciso unir as forças
políticas das ruas em projetos que apontem para a abertura econômica e da
reforma do estado. Que no estado se acabe de vez com o patrimonialismo, irmão
siamês do corporativismo, do nepotismo e de outros mais nefastos ismos, que tanto
conhecemos. O que vemos é o aparelhamento do estado pelo partido, como fazem
mais ou menos os comunistas no poder, agregado ao velho patrimonialismo. É a
mistura do partido comunista com o sarneyrismo, ou malufismo, ou o que queiram
classificar como os cacarecos do velho patrimonialismo brasileiro, tão bem
corporificado pelos aliados à “direita” do governo que aderem a qualquer
governo, desde que eles fiquem com uns feudozinhos para transações quase sempre
nunca republicanas. É esse Brasil véio que se colocou contra o próprio eleitorado de
Lula, quando o mesmo fingia, e muito bem, de ser honesto. Aliás, os discursos
de Lula e Collor tiveram tons moralizantes. O primeiro com a ética republicana
e o segundo contra os privilégios do estado, os famosos marajás. Que ainda
pululam alegremente pelos nem sempre tortuosos caminhos da burocracia estatal,
nos três poderes. São os “intocáveis” da política. Tem que se mexer nessa
gente. Tem que mudar o sistema, senão
todos perderemos. Alguém duvida? E sempre é bom lembrar que as coisas podem
sempre piorar.
REFORMA POLÍTICA
Tem que ser feita. Doação de
dinheiro, só individual. Programas de televisão, num mesmo estúdio da justiça
eleitoral e sem marquetagens. No máximo maquiagem na cara dos candidatos.
Redução drástica dos salários dos
parlamentares, e corte geral de mordomias. Redução do número de
parlamentares, e real critério populacional na escolha do número de deputados.
Um deputado de São Paulo devia valer o mesmo de Roraima, por exemplo. Cláusula
de barreira e voto facultativo. Extinção de vereadores nas cidades de menos de
cem mil habitantes. Nestas cidades, funcionariam em regime anual e de rodízio
para fiscalizar o executivo, os conselhos tutelares junto com o ministério
público. Extinção da reeleição, e a adoção de medidas realmente duras contra a
utilização do poder público nas eleições. Bem as reformas seriam gerais e
múltiplas. Com o “lulismo”, o Brasil ficou parado. Um país mais fechado ao que existe de mais moderno no capitalismo
globalizado. As forças que estão no poder são o principal motivo para a
paralização do país. São os poderes do conservadorismo nacionalista e
estatizante à direita e esquerda do espectro político. É essa turma que comanda
desde Vargas, sobretudo do último governo, de 1954, passando pelos militares,
com exceção de Castelo Branco, mais liberal. Já há quase um século essa turma
manda no país. Já está mais do que claro que a gente precisa mudar. Porém os
obstáculos são enormes, pois não tem nenhum grande partido conservador e
liberal no pedaço. Se a turma do PSDB
ganhar, menos mal. Se não, ainda estaremos enrascados. Que Alá nos ajude.
Saravá!
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