segunda-feira, 1 de julho de 2013

PROTESTOS: VEJA O LOCAL E PENSE GLOBAL


01/07/2013
 às 6:00 \ Protestos 2013

Veja o local e pense global

O poder que se cuide
Onde estamos? Para onde vamos? Maravilha a capa (acima) da atual edição da revista The Economist. No editorial “A Marcha do Protesto”, tentativas de respostas. Obviamente, os protestos em escala global têm origens diferentes e locais (não vou repetir aqui a lenga-lenga sobre o que separa e o que aproxima o Rio de Istambul ou o Largo da Batata, em São Paulo, da praça Tahrir, no Cairo).
Mas, como diz o editorial da revista, da mesma forma que em 1848, 1968 e 1989, quando “as pessoas encontram a voz coletiva, os manifestantes têm muito em comum”. Não sabemos ainda como 2013 irá mudar o mundo, Aliás, há 100 anos, em junho de 1913,  a Economist não estava alarmada com a situação global. Palpitou que uma guerra mundial era uma “impossiblidade”.
Mas arriscar nos palpites é preciso. E a revista vai na linha de que os protestos têm sido mais ativos em democracias do que em ditaduras. E a mobilização é desfechada por pessoas comuns de classe média, que, em uma mistura de folia e fúria, condenam a corrupção, ineficiência e arrogância dos donos (ou donas) do poder. Maior confusão.
Em uma pitada de boa notícia, a revista diz que “felizmente” as democracias se adaptam melhor aos desafios. O editorial até dá crédito para a presidente Dilma Rousseff por lançar um debate nacional para a renovação da política brasileira (ok , o editorialista não teve tempo de se informar sobre as mais recentes pesquisas).
O guru Fukuyama
O guru norte-americano Francis Fukuyama também olha o local e pensa global. Em um ensaio de fim-de-semana no Wall Street Journal (sorry, para assinantes), ele escreve que o fio condutor dos protestos é a ascensão de uma nova classe média global, com suas expectativas (que vão além das necessidades materiais básicas) e altamente conectada nas novas mídias sociais, mas que se sente alienada da elite política no poder.
No caso específico do Brasil, Fukuyama escreve que o objeto da protesto “é uma elite política entrincheirada no poder e altamente corrupta”. O guru observa que o desafio para a sociedade em marcha no Brasil será “evitar  a cooptação a longo prazo” por este sistema entrincheirado e corrupto.
Mas, como a Economist, Fukuyama até vislumbra uma oportunidade para o governo Dilma Rousseff lançar um projeto mais ambicioso de reformas, embora até agora a presidente se mostre cautelosa e amarrada pelas limitações do PT e coalizões partidárias.
Tanto o editorial da Economist, como Fukuyama, arrematam com alertas globais. No caso da revista, algo na linha de políticos de todo mundo, uni-vos! Os manifestantes estão aí. Mas um alerta especial vai para ditaduras. Líderes em Pequim, Moscou e Riad podem esmagar protestos com muito mais vigor, mas carecem de instituições para canalizar a fúria. A longo prazo, estas ditaduras podem pagar um preço muito alto (quem sabe fatal, no meu queremismo).
O guru Fukuyama conclui que protestos da atual temporada histórica são um desafio não apenas para regimes autoritários e novas democracias, mas para democracias maduras (aqui, eu palpito que ele exagera).Fukuyama, o mesmo que escreveu sobre sobre o fim da história quando o muro de Berlim foi abaixo, alerta que ninguém pode ser complacente com a marcha da históri

Um comentário:

  1. Acho professor, que seria partidos e políticos (as) sem caráter, que se mexam para fazer o melhor. Porque o GIGANTE adormecido acordou. Isso nos mostra que o povo é quem manda, e não partidos que vivem um sistema de tentar dominar o PAIS E O POVO.

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