Este negócio do estado financiar festas populares, e de cultura de massas deveria acabar. Este setor deveria ficar com a iniciativa privada. Existe muita roubalheira no setor, e as atrações ou são geralmente da cultura de massas, onde rola muito dinheiro. Já imaginaram quanto se gasta em festas neste país com o nosso dinheiro?
O estado devia investir em bibliotecas multimídia, em todas as cidades, e implantar de vez a democratização digital. Inclusive baixando os impostos sobre computadores. Mas nossos políticos adoram o circo. Sem querer desmoralizar o circo, naturalmente.
O BOM MESMO É O BREGA
Uma das coisas boas do país é a nossa breguice. Discriminaram por muito tempo a cultura chamada de brega, e ela está mais viva do que nunca. Eu mesmo não troco Mauricio Reis por nenhum Ivan Lins ou coisa similar. Com raras exceções, existe vida no chamado rock nacional? A não ser é claro a turma da jovem guarda, com os velhos e bons Roberto e Erasmo da vida. Por isso o povão lota a praça em Garanhuns para ouvir a noite do brega.
MÚSICA SERTANEJA
Os músicos ditos sertanejos foram excluídos do festival de inverno de Garanhuns. Cadê a banda Calypso, uma das grandes revelações da música, digamos, dançante do norte e nordeste do Brasil? Muitos gostam, mas para parecerem bacanas, torcem o nariz. Neste ponto concordo plenamente com o velho Ariano Suassuna, quando diz que Calypso é melhor do que todas as bandas de rock nacionais juntas. Mas nossas "elites intelectuais" detestam quem faz sucesso. Mas é só fachada, pois são "breguistas" enrustidos digamos assim. Viva Agnaldo Timóteo, Ângela Maria, Nélson Gonçalves, Odair José, Vando, Waldick Soriano, Maurício Reis, Fernando Lélis, José Ribeiro e muitos outros que não me vem à memória. Apesar dessas "zelites" o povão continua ouvindo e cantando a música dita brega, que não é nada mais do que o romantismo latino americano, que passa pelo bolero e as guarânias. Viva Milionário e José Rico!
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