sexta-feira, 21 de agosto de 2015

JANOT SUGERE 180 ANOS PARA CUNHA: E PARA DILMA E LULA? - RAFAEL BRASIL

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O procurador geral da república, Janot, sugeriu 180 anos de cadeia para Cunha, atual presidente da câmara de deputados. Dizem que foi reconduzido ao cargo depois de conluios mais do que suspeitos com Dilma e Renan Calheiros o cangaceiro da corrupção nacional, ainda uma cria sobrevivente da era Collor. Collor aliás também foi denunciado por roubos na casa dos 20 milhões. Mixaria, diante dos estratosféricos números do petrolão.
Se o procurador sugere 180 anos para Cunha, que dizem ter surrupiado 5 milhões, quanto ele sugerirá para Collor, e mesmo para o próprio Renan, também enrolado com o petrolão, além de outras maracutaias pretéritas? E os petistas? E Dilma e principalmente Lula, será que pelo menos serão ouvidos? Se depender deste bunda mole não, pois parece que ele está para proteger essa gente, pelo menos até quando for possível.  
Também soou estranho o período do envio da denúncia ao tribunal superior. Por que primeiro Cunha, e juntamente com Collor, justamente quando o PT sofre o maior, e esperamos definitivo baque de sua triste história? Por que não primeiro os petistas, os principais responsáveis pelo assalto ao estado brasileiro com um projeto criminoso de poder?
Raposa velha e felpuda, Cunha não deve deixar barato. É também um meliante, mas um parlamentar competente, e que sabe como poucos os melindres do congresso, e atua junto corporativamente com os deputados, como é praxe nesse tipo de cargo. Em poucas palavras estamos ainda no começo do jogo. Bandido acusando bandido, e os podres alegremente saindo.
 Bom para o Brasil, que,  apesar dos imensos prejuízos, não só decorrentes da corrupção, mas sobretudo dos equívocos da política econômica e da visão da política internacional, deve apressar o aprimoramento das nossas instituições democráticas. Senão, o Haiti é, e vai ser aqui mesmo. Legaremos um país pobre e atrasado, pobre porque atrasado para os nossos filhos e netos.  Este é o caminho inexorável  do atraso e da mediocridade.

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