quinta-feira, 23 de maio de 2019

LOBÃO, LOBINHO - RAFAEL BRASIL

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Quando  jovem, metido a comunista,  amava e considerava como heróis os artistas contestadores do regime militar, como muitos idiotas como eu. Chico Buarque, Milton Nascimento, Gonzaguinha, a turma do Ceará como Fagner, Belchior e Ednardo, a turma do Recife, como o conjunto (era assim que chamávamos o que hoje se chama banda)  como o Ave Sangria, Lula Côrtes, Alceu Valença, Zé Ramalho, Elba, Geraldo Azevedo, dentre outros, enfim tudo gente de muito talento, o que infelizmente não acontece nos dias de hoje. 
Na época, eles tinham um papel até importante na luta pela democracia, conquistando corações da chamada e odiada por Marilena Chauí, classe média, que a considera fascista, ou do que existe de pior na nossa sociedade, uma imbecilidade sem par, no reino dos idiotas, como diria Nélson Rodrigues. A grande maioria destes artistas foram, desde àquela época, cooptados pelo esquerdismo reinante, já nas universidades e mídia, porém, assim como muitos jornalistas e intelectuais, gente de talento.
Estes entes do show business, viriam a comandar o panorama cultural brasileiro desde àquela época, chegando ao clímax, no reinado da cleptocracia revolucionária petista, cujos efeitos maléficos estamos vendo hoje. Na cultura reinou o chamado relativismo cultural, e a fabricação dos chamados por Olavo de Carvalho imbecis coletivos, em poucas palavras, ficaram falando a mesma língua, as mesmas narrativas, e, evidentemente cansou. Os artistas ficaram velhos e sua arte também, com raríssimas exceções, aliás é o que realmente mostra o pequeno alcance da chamada cultura de massas, ou popular, mas isso é outra história, enfim.
Hoje acontece coisas semelhantes, só que agora à direita. Lobão foi um crítico mordaz dessa defunta turma, ademais, chutar cachorro morto não vem a ser lá grande coisa, mas tudo bem ,faz parte da chamada guerra cultural. Agora está metido com uma briga com o pessoal da direita por discordar do que ele considera uma confusão e mediocridade do governo e apoiadores de Bolsonaro. Para ele o governo é medíocre, e não poderia ridicularizar o movimento dos jovens pela educação, chamando-os de idiotas úteis. Tudo bem, é uma opinião. Mas o pior dessa gente é não querer, ou não saber envelhecer. Afinal, todo mundo quer ser "jovem", ou mesmo parecer "jovem". Aliás é a ditadura consolidada do "jovem", como já ridicularizava Nélson Rodruigues, meu guru de cabeceira, já nos idos dos anos sessenta. 
E como dizia o velho anjo pornográfico, a juventude é a fonte da imbecilidade. E as cosas são, como afinal disse certa vez Ariano Suassuna, ao ser informado por um neto sobre a grandeza de John Lennon, quando o mesmo nem sabia da existência do mesmo, perguntou: É melhor do que Bach? Bem , ouço muito pouco música popular, e me diverti com as história de Lobão, mas ouvir suas músicas, jamé. Fico com gente como Egberto Gismonti, ou mesmo os chorões antigos, assim como clássicos como Eernesto Nazereth, Villa Lobos, e muitos outros. E quando ouço música popular, vou de Roberto Carlos, Agnaldo Timóteo, Odair José, Zé Augusto e muitos outros. Afinal, as melhores músicas populares, eram as realmente populares, a que o povão gostava. E rock nacional é merda pura, com, raras exceções, afinal sempre existem, exceções, ou não? Não é, Raúl Seixas e Zé Ramalho?

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