terça-feira, 25 de setembro de 2018

Um novo Brasil - Rodrigo Gurgel

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Na semana passada, na Biblioteca Nacional, em Brasília, onde fui falar sobre Euclides da Cunha e "Os Sertões" — a convite do Luiz Carreira, curador da exposição "Eu leitor" —, constatei, mais uma vez, que, longe do eixo Rio-São Paulo, muito distante do que a mídia pró-Haddad tenta mostrar, longe dessa cultura repetitiva, indolente e cheirando a maconha, de artistas seminus, cantores de 70 anos que se comportam como se tivessem 15, escritores que repisam as vanguardas do século passado e intelectuais que só conseguem papaguear slogans leninistas, há uma multidão de jovens que estuda realmente.

Eles querem rever o Brasil. Querem reencontrar a cultura que lhes foi subtraída pelos professores esquerdistas, de boina do Che Guevara e estrela vermelha na camiseta amassada. Querem o Brasil sem filtros marxistas. Querem a verdadeira filosofia, que não está nos manuais da Marilena Chauí. Querem a verdadeira educação, que não está nos panfletos do Paulo Freire. Querem o cristianismo real, que não pode ser encontrado na baboseira ideológica de Frei Beto e Leonardo Boff.
Esses jovens do Brasil esquecido, do Brasil que só é lembrado e visitado quando se deseja trocar voto por Bolsa Família, querem ler José de Alencar inteiro, mas sem os manuais que disfarçam o ufanismo nacionalista de esquerda exaltando indianismo, palmeiras e sabiás. Querem reler Machado de Assis, mas sem os manuais esquerdistas que enaltecem o Bruxo do Cosme Velho por seu ceticismo, pelo cinismo de olhar enviesado que sempre desconfia do homem, que deseja encontrar segundas intenções em cada mínimo gesto, que desacredita das virtudes, da ética, da verdade. Esse jovens querem revisitar a Semana de 22 inteira, mas não querem ser guiados pelos manuais esquerdistas que endeusam Oswald de Andrade e seu marinetismo de segunda mão, seus divertimentos literários desconexos e superficiais.
É exatamente desses jovens que nós precisamos: jovens que repudiam a explicação do nosso país por meio de meia dúzia de leis sociológicas marxistas; jovens que abandonam o materialismo e voltam a olhar para o Eterno, para o que está além do homem; jovens que estão cansados da lenga-lenga jacobina e dos professores que caem de joelhos, babam e têm orgasmos quando citam Foucault, Derrida, Deleuze e toda a caterva que, nas universidades, desfralda a bandeira da perversão, do relativismo e do texto obscuro que é só uma nova forma de ignorantismo.
Esse jovens estão cansados de fórmulas fáceis — querem conhecimento verdadeiro, querem ir às fontes.
O Brasil respira, meus caros. Graças a Deus.

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