terça-feira, 5 de junho de 2018

Mais Lidos Parada Gay na Av. Paulista, em São Paulo TER ORGULHO GAY É O MESMO QUE TER ORGULHO DE SER BRANCO - Flavio Morgenstern


A política de identidade usa minorias como voto fácil apelando para suas características: ser gay, mulher, negro etc. O identitarismo é o contrário do ecumenismo, e foi pérfido na história.
A Parada Gay (ou LGBT, ou como quer que se chame daqui a uns meses) busca incentivar o “orgulho gay”  em nome do “respeito” às “diferenças” pelo expediente da estética exagerada: músicas clichês, danças eróticas, gírias de tribo e vocabulário que dificilmente ultrapassa uma dezena de vocábulos e comportamentos roboticamente estereotipados perfazendo uma espécie de orgia saturnal onde não raro se chega às vias de fato, mesmo com a presença de crianças. Qualquer diagnóstico que não preze pela obediência absoluta e adesismo imediato, claro, é sempre tachado como “homofóbico”.
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O chamado “Orgulho LGBT” faz parte das já consabidas políticas de identidade, o novo molde da esquerda depois do falhanço mundial da luta de classes entre supostos proletários contra burgueses como se fosse o motor da história. Todos os grupos sociais considerados ou auto-considerados “marginalizados” passam a ter sua mera identidade existencial como bandeira: sejam mulheres, negros, muçulmanos ou mesmo pedófilos e criminosos (“vítimas da sociedade”). Os gays servem como ponta de lança das políticas de identidade.
Basicamente, toda a política dos movimentos identitários é criar alguma espécie de cota para sua categoria. Reclamam da falta de negros em programas de TV (ou já reclamam de quão negros são os negros na TV), da falta de mulheres em cargos de CEO, da falta de gays em gibis e desenhos animados infantis, e exigem cotas em cada função.
nova revolução não se dá por mais-valia nem por queima de sutiãs: as relações de trabalho deixam de se fiarem por competência e, ehrr, trabalho, passando a serem delimitadas por quem deve ser favorecido pelas agências de lobby.
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Tal como Universidades de ponta não são mais gabaritadas pelo que produzem: a política de identidade das cotas inverte a relação, fazendo com que negros, índios ou qual identidade for tenham direito a ser membros de uma Universidade gabaritada, tendo os brios de seu renome por direito, e não mais por produção. Não é difícil notar como a qualidade e o próprio renome das Universidades tornem-se um bem em acelerado ritmo de escassez, o que afeta toda a cadeia produtiva da sociedade.
Todas as minorias podem tentar extrair algum proveito pessoal de tal revolução histriônica às custas alheias, como alguma facilidade no vestibular ou uma mera festança na Av. Paulista. Os custos são sempre diluídos e postergados para disfarçar a relação de causa e efeito na piora educacional, moral e mesmo econômica das políticas de identidade.
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Porém, ainda mais perniciosa é a idéia vendida de que as pessoas pertencentes a tais minorias devem ter algum “orgulho” por isso, imitando o manjado e ultrapassado esquema freudiano de ressentimento e crime originário contra todo um coletivo indiscernível.
Gays imitam Jesus Cristo na Parada GayAlgozes e vítimas de si próprios, quem compra a idéia do “orgulho negro”, “orgulho feminista”, “orgulho LGBT” e quejandos se torna uma engrenagem fácil que invariavelmente gira as rodas do mesmo esquema. Passam a ter “orgulho” de serem eles próprios, o que não é necessariamente o motivo para o orgulho heróico, o orgulho bem-aventurado, o kleos que atormenta Aquiles: não é orgulho por algo feito, por realizações, por virtudes mantidas a ferro e fogo contra o caos e as tentações do mundo – o tema por excelência da poesia épica e dos grandes romances e dramas.
Basta lembrar das palavras de Hamlet: “Ser, ou não ser, eis a questão: será mais nobre em nosso espírito sofrer pedras e setas com que a Fortuna, enfurecida, nos alveja, ou insurgir-nos contra um mar de provocações e em luta pôr-lhes fim?” Não são dúvidas de vida ou morte que atormentem as platiformes mentes dos ideólogos que agitam as massas do orgulho identitário.
É óbvio que a sociedade, sendo um constructo humano, sempre precisa de reformas e avanços, e coletivos inteiros sofreram no passado. Entretanto, a política de identidade, do “orgulho”, não busca criar uma sociedade baseada em um princípio superior e ecumênico, universal e mesmo transcendente, e sim, justamente, o orgulho da divisão, da cisão e de se colocar contra os outros membros do tecido social. Sem querer recair no clichê das discussões de internet, mas o maior partido vitimista e identitário do mundo, em nome de proteger um povo “oprimido” com revanches contra “exploradores”, causou um dos cenários na história mundial que mais se assemelharam ao Apocalipse.
O esquema segue invariavelmente para a próxima fase, já tão consolidada em nosso país: dos princípios universais (como verdadeiro, bom e belo), parte-se para o partidarismo sectário: a obediência cega e completa a todos os políticos e celebridades que defendam aquela minoria. As minorias da moda, claro: judeus, por exemplo, estão fora de moda e voltaram a ser caçados sem a menor cerimônia.
Com a sociedade dividida, fala-se em “polarização” ou outra palavra em voga. Como as celebridades e o beautiful people são os condutores das modinhas, todo o sentimento positivo fica com as minorias, tão hegemonicamente onipresentes que é impossível citar rapidamente, por exemplo, um grande ator ou cantor do showbizz que não obedeça rigorosamente os ditames das políticas de identidade. Afinal, qualquer passo fora da opinião permitida significa ser acusado de homofobia, machismo, racismo e coisas piores.
A reação de uma sociedade atomizada, atacada (quantos concursos de “melhor Jesus Cristo travesti” existiram na Parada Gay?), destituída de princípios universais e ecumênicos, é, não raro, inventar um identitarismo de sinal trocado, que nunca teria ocorrido sem as políticas de identidade original. São os chamados movimentos de “extrema-direita” (que de direita não possuem nada), parte da alt-right americana (idem) e quejandos.
Assim, ao invés de um princípio ecumênico ao qual pode-se chegar pela conversão, como nos Estados-nação modernos, a defesa passa a ser de um povo, uma cor de pele, uma etnia, um comportamento sexual, uma crença não-ecumênica, um partido protetor de “minorias” (os maiores da humanidade, como os Jovens Turcos ou o Nacional-Socialista Alemão, não possuem um histórico muito esperançoso).
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Gays enfiam cruz no cu na Parada GayÉ notório como a palavra “respeito” é usada em tempos modernos tão somente para impedir qualquer crítica, permitindo um passe livre para os “orgulhosos” angariarem o poder total sem freios, considerando que qualquer visão de sociedade mais universal seja, justamente, “discurso de ódio” a ser censurado. Em nome da “diversidade” e da “tolerância”, claro.
Apesar de todo o volteio do discurso esquerdista que conta a história em aulas doutrinárias hoje para chamar tudo o que vai contra o seu projeto de poder de “preconceito”, a história de verdade é bem menos airosa para as campanhas de “orgulho” e “diversidade” de quem abandonou o ecumenismo.
De fato, não é preciso muito além de lógica elementar para saber que ter orgulho de algo dado, como ser gay, ser negro ou ser mulher, é o mesmo que ter orgulho de ser branco, de ser rico, de ser heterossexual, de ser bonito.
Grupos como os gays foram relegados à margem da sociedade justamente por uma época em que seu comportamento não permitia o ecumenismo. Karl Marx ele próprio desprezava os gays por não terem prole para formarem o proletariado; Wilhelm Reich, marxista, acreditava que gays eram uma perversão do capitalismo, e que tão logo o comunismo finalmente se consolidasse, não existiriam mais gays.
Da mesma forma, outros comportamentos sexuais foram e ainda são mal vistos: adúlteros, atores pornográficos, swingers, voyeurs etc. Todos podem viver suas vidas privadas longe do escrutínio popular, que sempre estará com a norma e não com o desvio, ou podem exigir uma revolução comportamental tão grande para exigir sua “aceitação” em uma sociedade que no fundo odeiam.
Ainda com toda a perseguição e abusos, basta ver o resultado de qualquer partido vitimista e identitário no poder para saber na mesma toada quais foram os maiores genocídios da história. Ou identitários (minorias) ou socialistas (classes).
Devemos defender uma sociedade baseada em grupos, “orgulhosos” de simplesmente serem, ou princípios universais e mesmo transcendentais que não estejam representados em nenhum coletivo, mas sim acima de todos eles e sob os quais todos nós pairamos com nossas parecenças e diferenças? Devemos nos preocupar com cores de pele e genitálias ou em punir agressões, roubos e homicídios, não importando quem seja o agressor e quem seja o agredido?
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