Carnaval em Caetés, era com o popular Zé Cardoso. Uma figura. Bem grandão, banguela, cabeça raspada pintada de azul e vermelha, um pão enorme que ia a tiracolo e um penico para beber vinho jurubeba até depois da festa. Ele e mais alguns bêbados rodopiavam pela cidade, de bodega em bodega, enchendo a pança. Como quase todos os nordestinos pobres do agreste e do sertão, migrava de vez em quando para São Paulo, onde ia vender redes. Dizem que seus rendimentos, guardava amarradinho na ceroula. Gostava também muito de futebol, e de vez em quando ia a Vila Belmiro em Santos, ver Pelé jogar, mais especialmente contra os times do nordeste. O velho Zé Cardoso sempre torcia, para o que ele chamava de times do norte. Devia levar muitas vaias, coitado. Quando voltava de São Paulo, ia pagar as contas da família, e beber umas jurubas com os velhos amigos, e contar velhos causos, coisa que sabia fazer muito bem, por sinal, pois todos embolavam de rir com suas histórias. Morreu pobre, e tal como a grande maioria dos pobres, nunca matou ninguém. Nem os bois, que carregavam seu carro, gostava de maltratar. Zé Cardoso, como muitos , nasceu para alegrar a vida dos outros. Creio que conseguiu, ao seu modo, digamos.
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