quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

PISANDO NO TOMATE - RAFAEL BRASIL - RECORDAR É VIVER - ARTIGO DE FEVEREIRO DE 2006

Blog de Rafael Brasil


PISANDO NO TOMATE

Mal ganhou as eleições, Lula e lulistas já começaram a fazer besteiras. O problema é que, muitos pseudo-intelectuais petistas, são mesmo mentirosos de carteirinha, e, pensam que podem fazer, como no tempo do stalinismo, que a mentira prevaleça sobre os fatos, que exprimem a busca da verdade. Querem porque querem, que a imprensa, e parte da intelectualidade não vendida ao petismo de plantão, peçam desculpas pela não existência do mensalão. Ora vejam: Se o próprio procurador da república afirmou que, naquele caso, havia pelo menos quarenta ladrões da alta cúpula petista envolvida até o gogó com a história, como não existir tais fatos? Como não existir mensalão? Nas cabeças stalinistas do governo? Ainda mais, na entrada do próprio palácio, jornalistas da veja e da rede globo foram hostilizados por , não só militantes, mas funcionários lotados no palácio, o que é um absurdo. E, pior, o próprio presidente abriu a boca para falar da imprensa, não só ele, mas seu séqüito, como Marco Aurélio Garcia, dublê de diplomata, e Ciro Gomes, o novo stalinista do nordeste. Querem dizer que tudo o que acinteceu foi culpa da imprensa, que todos são extremamente limpos. Vocês acreditam nisso? E todos com àquela postura autoritária, achando que quem ganha eleições estaria impune às roubalheiras e falcatruas mil. Estaria institucionalizado o “rouba mas faz” do velho Ademar de Barros, o Maluf dos anos cinqüenta de São Paulo.
Um governo que precisa de acordos no congresso para aprovar inúmeras reformas institucionais que o país precisa, pisou de sola na oposição, cobrando moderação e parcimônia da mesma, acenando com um mito que desde a redemocratização volta à tona, o mito do pacto social. Ora, vivemos numa sociedade pactuada pela democracia, há mais de vinte anos. Como bem respondeu Serra, oposição é oposição, quem deve governar é o governo, ora bolas. Claro, se for do interesse nacional, uma oposição conseqüente deve sentar para conversar. Não deve ser é como o PT e Lula no passado recente, quando se negou terminantemente a negociar qualquer coisa com o governo. Estão lembrados? É. Perece que muitas pessoas são desmemoriadas, ou pelo menos minimizam a inteligência dos outros.
Como sabemos, o governo tem que governar, tem maioria no congresso para tal, tem a maioria dos governadores, então mãos à obra. Chega de palavreado. Onde está a pauta de reformas? Por onde o governo pretende começar? O governo pretende abandonar a ortodoxia econômica? O que fará para cortar gastos? Nossa política externa continuará a seguir a cartilha ideológica terceiro-mundista? Ou ficaremos na mesma, com o presidente fazendo comícios, e empurrando tudo, ou quase tudo com a barriga, tal qual fez no governo passado? Fico com a última alternativa. E se aparecer mais casos de corrupção no governo, e ficar provado que tais casos tenham uma ligação mais evidente, digamos do que com os casos recém encontrados e exaustivamente relatados pela imprensa? Vão fechar os jornais? Vão botar a polícia federal em cima de todos? Vão instalar uma republiqueta autoritária, tal qual fez Chávez na Venezuela? Não creio, pois a democracia, embora diariamente vilipendiada sobretudo por seus principais dirigentes, por aqui está mais consolidada. E acho que o exército aqui não deixaria. Mas quando quase toda imprensa era petista, claro eles não reclamavam. Antes pelo contrário.
Veremos o que vem por aí. Ou o que não vem. Ou o governo faz as reformas capitalistas que o Brasil precisa, ou teremos numa previsão das mais otimistas, estabilidade sem crescimento econômico. Ou seja, nada de novo. Se acelerar a economia sem as reformas, baterá em nossa porta a temível inflação. Aí essa popularidade presidencial se esvairia como fumaça, e essa turma viria a atentar contra a liberdade de imprensa, e contra a verdade, nos quintos do inferno, onde o famoso Zé Pelintra os espera

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