terça-feira, 20 de dezembro de 2016

“CAMINHÃO INVADE”, “ARMA MATA”: POR QUE JORNALISTA EUFEMIZA TERRORISMO? Flávio Morgenstern

Seja transformando um caminhão em um autômato assassino ou falando em "suspeitos", a mídia alivia o terrorismo islâmico. E apenas ele.
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Em um dia com diversos atentados terroristas islâmicos no mundo, como o assassinato do embaixador russo Andrei Karlov na Turquia, o atentado com caminhão reivindicado pelo Estado Islâmico em uma feira de Natal de Berlim e o tiroteio no Centro Islâmico de Zurique, a mídia evitou de todas as formas dizer as palavras proibidas: terrorismo islâmico. O discurso da mídia para separar a onda migratória islâmica e a rápida islamização da Europa do terrorismo causado por ela ultrapassa as raias do absurdo.
Para falar do atentado terrorista em Berlim, a mídia usou de um cacoete que nunca convenceu seu próprio público, mas é sempre repetido para algum dia forçar a opinião pública para seu lado: afirmar que não se sabe se é mesmo um atentado terrorista, mesmo que a polícia tenha confirmado o atentado como terrorismo cerca de uma hora depois, e o próprio Estado Islâmico tenha reivindicado o assassinato em massa para si.
Sandra Annenberg, mesmo um dia após as investigações, fez uma chamada para o Jornal Hoje comentando sobre “o que está sendo chamado de atentado terrorista pela Primeira Ministra Angela Merkel”.

Caminhão assassino

Para descrever o horrendo atentado que já vitimou 12 inocentes em uma feira de Natal, o jornalismo da grande velha mídia não se preocupa com palavras como “Natal”, um simbolismo que não pode ser mais translúcido. Para não enxergar e muito menos fazer enxergar o choque de civilizações com os jihadistas, usam e abusam da velha tática marota de fazer sentenças com sujeito oculto.
Assim, o que houve não foi um atentado terrorista perpetrado por um muçulmano salafista utilizando um caminhão para atropelar em massa dezenas de inocentes, idosos e crianças inclusas: apenas um “caminhão invade mercado”, como um Transformer. Uma ação sem sujeito, martelada e repisada na população até ser aceita no imaginário coletivo. O terrorista islâmico vai sendo apagado, e quem o comenta se torna “radical”.
Foi o que fez a ex-revista Veja, dentre outras publicações:
A Exame, seguindo algumas publicações internacionais, achou muito mais importante dizer de onde era a placa do caminhão do que a ideologia, nacionalidade ou religião do motorista do caminhão. A Folha preferiu usar “vários” entre aspas:
Se até os Trending Topics do Twitter falam no “caminhão assassino” filho de Christine, de Stephen King, o Moments, que é organizado pelo próprio site, conseguiu uma das melhores torções da linguagem para anular o sujeito da oração: comentou os “mortos por caminhão”:
O processo foi cópia da forma como a mídia internacional noticia um atentado terrorista no seio do país que mais faz lobby para o restante da União Européia aceitar refugiados:
O prêmio de Melhor Tweet, todavia, foi para a colunista na Alemanha da revista TPM, Nina Lemos, que resolveu defender Angela Merkel, outrora símbolo de uma “nova direita”, graças a seu plano globalista de aceitar refugiados em massa:
Quando houve uma manifestação de brasileiros em Berlim pelo “Fora Temer”, Nina Lemos até usou a palavra “genocídio”. Para o atentado que matou 12 civis e feriu dezenas, a lágrima é pelo pouco que a agenda globalista de Angela Merkel conseguirá explorar eleitoralmente para manter as fronteiras da Europa abertas:
Alguém poderia dizer que se trata de mera estética nas manchetes, que não precisaria dar todos os detalhes de antemão, prevendo que as pessoas sabem que caminhões são dirigidos. O sujeito, então, ficaria oculto por natureza. Entretanto, basta-se ver como a mesma mídia noticia notícias análogas, quando o assassino não é muçulmano.
Por exemplo, quando o deputado Flávio Bolsonaro testemunhou um assalto a uma família na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e atirou de seu próprio veículo para evitar o assalto. Nesse caso, como a família Bolsonaro não obedece à censura do politicamente correto, não foi o sujeito da sentença que ficou oculto, e sim o objeto, dando a impressão de que o deputado acordou de mau humor, foi para a rua e saiu atirando em inocentes:
Flavio Bolsonaro no G1
Ou mesmo agora, no caso do tiroteio em Zurique. Quando descobrem que o atirador é nascido na Suíça (o que não significa que seja um europeu, muito menos alguém com valores europeus) e não parece ser estritamente, ou melhor, salafistamente muçulmano, até sua religião aparece na manchete:
Todas as manchetes que se esqueceram de comentar que o autor do atentado em Berlim era paquistanês, buscou “asilo” como “refugiado” e o Estado Islâmico reivindicou o morticínio o fizeram em uníssono por mera coincidência.

Atentado na Turquia

No caso de Ankara, no atentado terrorista islâmico em que um salafista assassinou, diante de câmeras em uma galeria de arte, o embaixador russo Andrei Karlov, a técnica foi a repetição da palavra “suspeito”, ainda mais rejeitada pela população – e exatamente quando o homem não era “suspeito” de nada, já que o ato foi filmado.
Para o UOL, além de mero “suspeito” (qual a vantagem jurídica ou semântica desta palavra no caso?), ele também “teria dito” o “Allahu akbar” que ouvimos repetido por praticamente um minuto no vídeo (compare com a forma como o UOL afiança, quase de pés juntos, que o assassino era ligado a um clérigo no Ocidente, esta sim, mera suposição do serviço de desinformação do governo totalitário turco).
Vamos notar a diferença no caso de o “ataque” se referir a xingamentos na internet?
O prêmio de Melhor Manchete, no caso, ficou para o Daily Mail, que deu esta aula de moda, garbo e elegância ao comentar que o assassino estava “vestido inteligentemente em um terno com gravata”:
Neste caso, a esquerda não consegue superar. Oh, espere! O Le Monde (quem mais?) conseguiu afirmar que o embaixador russo foi morto por uma… bala. Sério.
O sujeito oculto, seja a bala malvada (será que também estava perdida?) ou o caminhão possuído, é a forma que jornalistas encontram para, lentamente, esvaziar no imaginário coletivo da população a identificação do tipo de sujeito que mais mata ocidentais no mundo: os jihadistas islâmicos. Sobretudo os salafistas, que pretendem seguir Maomé sem relativismos e, como o profeta muçulmano, implantar o islamismo pela espada e degola. São eles que pretendem transformar o Ocidente em um califado obedecendo a shari’ah, como tentaram antes, mas foram impedidos por Charles Martel em 737 e nos Portões de Viena em 1683.
Os islâmicos sabem disso muito bem: chamam as tropas ocidentais que combatem a jihad de “Cruzados”, fazem atentados no Natal etc. Mas isso não parece ser percebido, conhecido ou minimamente discernível para a grande e velha mídia, eternamente tendo como fonte apenas a si própria.
E poucas horas antes do atentado, na Globo News…
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