sexta-feira, 29 de abril de 2016

Nomeação de mulher de Pimentel como secretária do governo de MG reflete medo do PT de condenações


 
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Depois de protagonizar os maiores e mais acintosos escândalos de corrupção da história nacional, o PT agora apela à delinquência política para escapar dos efeitos colaterais dos crimes cometidos, não bastasse a tentativa frustrada de nomear o alarife Lula como ministro-chefe da Casa Civil, nomeação suspensa por decisão da Justiça com base na tese de desvio de finalidade, agora é a vez do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), nomear a própria esposa como secretária de Estado.
Há dias, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, conhecido nos subterrâneos da política como Bené e por ser o operador do casal Fernando Pimentel e Carolina Oliveira havia decidido fazer acordo de delação premiada. No ultimo dia 15 de abril, Bené foi preso preventivamente pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Acrônimo, sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.
A PF chegou até Bené após comprovar que ele financiou campanhas petistas, incluindo a última campanha presidencial que reelegeu Dilma Rousseff com dinheiro desviado de contratos superfaturados firmados com o próprio governo da ainda presidente.
Carolina Oliveira admitiu ter recebido valores de empresas citadas na Operação Acrônimo. Em nota, confirmou que recebeu valores de duas empresas, no período em que seu marido era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio de sua agência, a Oli Comunicação. Tratam-se da MR Consultoria e da agência Pepper. A primeira é do consultor Mário Rosa, que tem sociedade com Bené.
O empresário é suspeito de fazer caixa dois para a campanha de Pimentel e lavar dinheiro. A Pepper, por sua vez, presta serviços ao PT e já prestou serviços ao BNDES. A Polícia Federal mapeou pagamentos para Carolina Oliveira, no valor de R$ 3,7 milhões.
A Operação Acrônimo investiga também repasses feitos pelo BNDES a empresas de comunicação que teriam como beneficiário o governador de Minas. Segundo relatório da PF, as operações eram intermediadas pela empresa Oli Comunicação, de propriedade da primeira-dama mineira, Carolina de Oliveira, que a partir desta quinta-feira (28) é secretaria estadual e de foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado.

Deputado da oposição critica manobra
Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR) afirmou que com a proximidade do afastamento da presidente Dilma Rousseff do cargo, o PT começa a dar início a uma operação para garantir foro privilegiado para ministros e dirigentes partidários que são alvo de escândalos de corrupção.
“A notícia de que o governador Fernando Pimentel nomeou sua esposa para a Secretaria do Trabalho do governo de Minas é preocupante. No entanto, é fácil deduzir que a mesma desfaçatez deve se repetir nas próximas semanas. Não bastasse a tentativa frustrada de a presidente Dilma dar o privilégio de foro a Lula, agora a prática é repetida nos estados. E qual é a razão dessas nomeações? Puro medo!”, alerta Rubens Bueno.
Para o líder do PPS, após a formalização do impeachment de Dilma Rousseff, “é fácil deduzir que os atuais ministros envolvidos nas investigações de corrupção feitas pela PF como Jaques Wagner, Edinho Silva, Ricardo Berzoini, Aloizio Mercadante e outros serão acolhidos e nomeados por algum prefeito ou governador do PT”.
Esse tipo de postura, avalia Rubens Bueno, reforça a necessidade de abolição do foro privilegiado. “A abolição do foro privilegiado é um imperativo moral. Se o foro privilegiado já é um absurdo, a sua extensão a secretários estaduais é uma aberração, como demonstra o caso de Carolina Pimentel”, disse o deputado, que é autor de proposta que acaba com essa prerrogativa que fere de forma cabal a Constituição Federal, que em seu artigo 5º estabelece que ‘todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.

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