sábado, 23 de janeiro de 2016

GOVERNADORES - RAFAEL BRASIL



Um colega me pediu para falar sobre o governo estadual. Logo eu que graças a Deus não votei para governador. O eleito, burocrata, representava a continuação de uma proto oligarquia, ou melhor, a consolidação da oligarquia Campos Arraes. Ou Arraes Campos como queiram.
 O outro, empresário dos mais tradicionais no sentido de um empresariado cartorial, dependente permanentemente do estado e suas mais que escusas ligações. aliado ao petismo já em franca decadência. Realmente, como é séria a escassez de quadros políticos no país. 
Me lembro de Roberto Magalhães, contra quem votei apaixonadamente, quando proto esquerdista , felizmente de botequim. Quando eleito Roberto Magalhães disse que ser governador era ficar de pires na mão para o governo federal, este realmente soberano em relação aos recursos e tudo o mais. Chefes de província, dependentes do poder central.
Em outras palavras, desde o advento do varguismo, passando pelo nacionalismo, tanto esquerdista, quanto dos governos militares, sobretudo o de Geisel, nossa federação é uma mera ficção. De brincadeirinha, digamos assim.
Agora, os atuais governadores vão gerir crises. Só. Na redemocratização, lutávamos para votar, pelo menos para governador. Hoje, para que mesmo serve um governador, de estados sem autonomia? O mesmo vale para os municípios.
Hoje ninguém fala sobre a já velha crise do nosso fajuto sistema federativo. Mas o tema é atual e recorrente. 
Em Pernambuco com a morte de Campos, formou-se um grande vácuo político. Veremos quem vai ocupar. E pegar esta batata quente. Mas o poder é sempre o poder. E até mais do que o dinheiro, atrai. Mas faltam líderes. Os que temos não davam nem para compor a câmara de deputados na década de 70. E olha que o nível já nem era tão bom.
É isso aí. Quem sabe se votarei na próxima eleição? Aliás, o voto devia ser facultativo. Muitas vezes é melhor ficar em casa fazendo nada. Quem duvida?

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