sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

REATAMENTO DOS EUA E CUBA - RAFAEL BRASIL

REATAMENTO DOS EUA E CUBA
Como sabemos, Cuba é um dinossauro político e um exemplo de  fiasco econômico. Aliás, o socialismo nunca funcionou de fato. Segundo o eminente historiador Tony Judity, nos anos cinquenta, no auge da propaganda stalinista no mundo, só 4% da produção agrícola soviética era privada. Porém respondia por cerca de 40% da produção. As chamadas fazendas coletivas produziriam milhões, não de toneladas de alimentos, mas de cadáveres. Calcula-se que na coletivização forçada da agricultura, morreram ou de morte matada ou simplesmente de fome, cerca de 15 ou 20 milhões de almas.
No início da chamada revolução russa ninguém sabia o que fazer com a combalida economia. A desorganização era tanta que o estado tomava a produção dos camponeses à bala. Primeiro desapropriaram as grandes propriedades e assassinaram  os proprietários reticentes.  Quem teve sorte fugiu. Depois avançaram pelos pequenos e médios camponeses, os quais chamavam de kuláks, ou seja, o que era considerada pelos intelectuais do partido  de “pequena burguesia” rural. Antes de morrer em 1924, Lênin teve que abandonar a ineficiente repressão e reintroduzir o capitalismo no campo, permitindo que os camponeses comercializassem sua produção seguindo normas do mercado. Naquela época tratava-se de retomar a produção de 1912. Isto em 1921. A fome era tanta que em muitas regiões o canibalismo prosperou.  Depois da luta encarniçada pelo poder, Stálin fez o serviço. Antes de Hitler assumir o poder na Alemanha, a política de genocídio soviética já estava funcionando a todo vapor. Hitler aprendeu -  e de certa forma admirava Stálin assim como muitos nazistas-  a matar em massa.
Segundo Olavo de Carvalho “na União Soviética dos anos 1980 o cidadão médio consumia menos carne do que um súdito pobre do tzar um século antes e tinha menos acesso a automóveis, assistência técnica e serviços públicos em geral do que os negros sul-africanos vivendo sob o regime humilhante do apartheid.” Lembro também das enormes filas para comprar alimentos e da escassez dos gêneros de primeira necessidade na “pátria do socialismo”, que mesmo sob brutal censura,  passava sempre nos telejornais do ocidente, e claro, aqui no Brasil. No final da falida União Soviética, o país chegou a gastar 40% do orçamento em armamentos. E ainda tinha que mandar uma mesada anual de cerca de 6 bilhões de dólares para Cuba.  Seria como se a mesma quantia fosse mandada para os estados nordestinos de Pernambuco e Alagoas. Desta mesada viveu o regime cubano até cerca de do final dos anos noventa, quando o castelo de cartas do império soviético começou a ruir. Setenta anos de regime, com cerca de 20 milhões de vidas ceifadas. De assassinato ou de fome. A grande maioria fingia que trabalhava, e o governo que pagava. Mais de 10% da população era alcoólatra. E este sistema abrangia os países do leste europeu. Que ademais eram explorados economicamente pelo império soviético. E governados por títeres dos mais inexpressivos. Seria como se José Dirceu fosse escolhido pela nomenclatura  de outro país para governar o Brasil. Tudo dominado pelo PCUS ( partido comunista da União Soviética). Quem ameaçasse , mesmo tenuamente dissentir, fazer diferente, foi brutalmente invadido, como na Hungria em 1956 e na Tchecoslováquia em 1968. Isto é história. Estas ditaduras fariam o nosso general mais duro, Garrastazu Médici uma criancinha brincando na escola.
Para se ter uma idéia do sofrimento que estes povos passaram, hoje na Polônia é proibida a exposição de quaisquer símbolos comunistas, tal qual dos nazistas. Ademais na invasão da Polônia pelos nazistas, e sob a proteção do pacto de não agressão entre Stálin e Hitler (pactoRibentroff Molotov) cerca de 15 mil oficiais do exército polonês foram sumariamente fuzilados em uma só noite pelo exército nazista, com a total complacência do então exército vermelho. Stálin custou a acreditar que Hitler invadiria a União Soviética em 1942, na chamada “Operação Barbarossa”. Quase perdeu a guerra, dentre vários outros fatores, porque estava assassinando boa parte da oficialidade do exército, nos tristemente conhecidos grandes expurgos de Moscou. Com os nazistas no encalço Stálin teve que, mesmo momentaneamente, parar a matança. Isto para se ter uma idéia da crueldade e covardia destes regimes totalitários. Quem quiser saber que vá estudar um pouquinho de história. Não como se diz em inúmeros dos nossos livros didáticos, que  enaltecem a revolução russa e mostram Lênin como um democrata.
 No dizer do historiador comunista Eric Hobsbawn, a chamada revolução cubana foi cinematográfica, nos moldes de Hollyoood. Jovens de classe média, cabeludos e barbudos tomaram o poder num pequenino e paradisíaco país da América Central. Só que depois Fidel e companhia passaram para o  lado comunista aliando-se à então União Soviética. A chamada revolução cubana caiu no colo dos soviéticos, como um presente. Serviria de propaganda e para os projetos de revolução socialista na América Latina e também na África. Quem deu o principal suporte militar ao MPLA ( movimento pela libertação de Angola) de esquerda, foram os cerca de 50.000 soldados cubanos que foram para a África. Na América Latina Cuba passaria a treinar a subversão no continente, então transtornado com ditaduras militares dos mais diversos calibres.
Pelo caráter essencialmente romântico da chamada revolução cubana, a quase totalidade da intelectualidade de esquerda europeia ficou com esperanças no que seria uma renovação dos ideais revolucionários. Em outras palavras, diante do refluxo da revolução na Europa, os comunistas voltaram a ter esperanças no chamado terceiro mundo. Na Europa do pós-guerra a chamada classe operária ficaria mesmo com a social-democracia, odiada pelos comunas. O maior partido comunista da Europa, o italiano, seguiria um caminho próprio que muitos chamariam de eurocomunismo, que era de fato uma social democracia disfarçada. Já para os descalabros e a repressão sangrenta dos países da cortina de ferro a intelectualidade de esquerda, sobretudo a francesa se omitiu completamente com poucas exceções.
A chamada luta armada no Brasil deveu-se essencialmente à revolução cubana. Muitos foram treinados por lá, como o nosso corrupto condenado pela justiça José Dirceu, que dizem, ser agente secreto de Cuba.

Com o fim da União Soviética, veio a penúria total. Nunca uma ditadura latino americana foi tão sangrenta e longeva como a cubana. Na prática os dirigentes cubanos socializaram à pobreza. E a melhor forma de minar de vez este monstro que assalta o sonho de gerações de cubanos é com o fim do embargo americano. Aliás os norte-americanos temem mesmo é uma invasão em massa de cubanos pobres e enfurecidos. Creio que o fim da ditadura é uma mera questão de tempo, e pouco. Os líderes cubanos prometeram o reino da igualdade a abundância para os cubanos. Promoveram a fome e a falta total de liberdade. Como bem dizia meu avô Fausto Souto Maior, nenhum comunista queria morar em Cuba. Pobre povo cubano. Que Deus ilumine e ajude àquele povo. Saravá!  

Um comentário:

  1. Disse bem, professor! Uma aula para quem quiser. E ainda há gente que defende este regime cubano, sob o qual duvido que quisessem viver. Hipócritas. Parabéns, professor! Tentei ligar para o senhor antes do Natal, mas a TIM não dá tréguas. Vou continuar tentando. Feliz Ano Novo!

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