REATAMENTO DOS EUA E CUBA
Como sabemos, Cuba é um
dinossauro político e um exemplo de
fiasco econômico. Aliás, o socialismo nunca funcionou de fato. Segundo o
eminente historiador Tony Judity, nos anos cinquenta, no auge da propaganda
stalinista no mundo, só 4% da produção agrícola soviética era privada. Porém respondia
por cerca de 40% da produção. As chamadas fazendas coletivas produziriam milhões,
não de toneladas de alimentos, mas de cadáveres. Calcula-se que na
coletivização forçada da agricultura, morreram ou de morte matada ou
simplesmente de fome, cerca de 15 ou 20 milhões de almas.
No início da chamada revolução
russa ninguém sabia o que fazer com a combalida economia. A desorganização era
tanta que o estado tomava a produção dos camponeses à bala. Primeiro
desapropriaram as grandes propriedades e assassinaram os proprietários reticentes. Quem teve sorte fugiu. Depois avançaram pelos
pequenos e médios camponeses, os quais chamavam de kuláks, ou seja, o que era
considerada pelos intelectuais do partido de “pequena burguesia” rural. Antes de morrer
em 1924, Lênin teve que abandonar a ineficiente repressão e reintroduzir o
capitalismo no campo, permitindo que os camponeses comercializassem sua
produção seguindo normas do mercado. Naquela época tratava-se de retomar a
produção de 1912. Isto em 1921. A fome era tanta que em muitas regiões o
canibalismo prosperou. Depois da luta
encarniçada pelo poder, Stálin fez o serviço. Antes de Hitler assumir o poder
na Alemanha, a política de genocídio soviética já estava funcionando a todo
vapor. Hitler aprendeu - e de certa
forma admirava Stálin assim como muitos nazistas- a matar em massa.
Segundo Olavo de Carvalho “na
União Soviética dos anos 1980 o cidadão médio consumia menos carne do que um
súdito pobre do tzar um século antes e tinha menos acesso a automóveis,
assistência técnica e serviços públicos em geral do que os negros sul-africanos
vivendo sob o regime humilhante do apartheid.”
Lembro também das enormes filas para comprar alimentos e da escassez dos
gêneros de primeira necessidade na “pátria do socialismo”, que mesmo sob brutal
censura, passava sempre nos telejornais
do ocidente, e claro, aqui no Brasil. No final da falida União Soviética, o
país chegou a gastar 40% do orçamento em armamentos. E ainda tinha que mandar
uma mesada anual de cerca de 6 bilhões de dólares para Cuba. Seria como se a mesma quantia fosse mandada
para os estados nordestinos de Pernambuco e Alagoas. Desta mesada viveu o
regime cubano até cerca de do final dos anos noventa, quando o castelo de
cartas do império soviético começou a ruir. Setenta anos de regime, com cerca
de 20 milhões de vidas ceifadas. De assassinato ou de fome. A grande maioria
fingia que trabalhava, e o governo que pagava. Mais de 10% da população era
alcoólatra. E este sistema abrangia os países do leste europeu. Que ademais
eram explorados economicamente pelo império soviético. E governados por títeres
dos mais inexpressivos. Seria como se José Dirceu fosse escolhido pela
nomenclatura de outro país para governar
o Brasil. Tudo dominado pelo PCUS ( partido comunista da União Soviética). Quem
ameaçasse , mesmo tenuamente dissentir, fazer diferente, foi brutalmente
invadido, como na Hungria em 1956 e na Tchecoslováquia em 1968. Isto é
história. Estas ditaduras fariam o nosso general mais duro, Garrastazu Médici
uma criancinha brincando na escola.
Para se ter uma idéia do
sofrimento que estes povos passaram, hoje na Polônia é proibida a exposição de
quaisquer símbolos comunistas, tal qual dos nazistas. Ademais na invasão da
Polônia pelos nazistas, e sob a proteção do pacto de não agressão entre Stálin
e Hitler (pactoRibentroff Molotov) cerca de 15 mil oficiais do exército polonês
foram sumariamente fuzilados em uma só noite pelo exército nazista, com a total
complacência do então exército vermelho. Stálin custou a acreditar que Hitler
invadiria a União Soviética em 1942, na chamada “Operação Barbarossa”. Quase
perdeu a guerra, dentre vários outros fatores, porque estava assassinando boa
parte da oficialidade do exército, nos tristemente conhecidos grandes expurgos
de Moscou. Com os nazistas no encalço Stálin teve que, mesmo momentaneamente,
parar a matança. Isto para se ter uma idéia da crueldade e covardia destes
regimes totalitários. Quem quiser saber que vá estudar um pouquinho de
história. Não como se diz em inúmeros dos nossos livros didáticos, que enaltecem a revolução russa e mostram Lênin
como um democrata.
No dizer do historiador comunista Eric
Hobsbawn, a chamada revolução cubana foi cinematográfica, nos moldes de
Hollyoood. Jovens de classe média, cabeludos e barbudos tomaram o poder num pequenino
e paradisíaco país da América Central. Só que depois Fidel e companhia passaram
para o lado comunista aliando-se à então
União Soviética. A chamada revolução cubana caiu no colo dos soviéticos, como
um presente. Serviria de propaganda e para os projetos de revolução socialista
na América Latina e também na África. Quem deu o principal suporte militar ao
MPLA ( movimento pela libertação de Angola) de esquerda, foram os cerca de
50.000 soldados cubanos que foram para a África. Na América Latina Cuba
passaria a treinar a subversão no continente, então transtornado com ditaduras
militares dos mais diversos calibres.
Pelo caráter essencialmente
romântico da chamada revolução cubana, a quase totalidade da intelectualidade
de esquerda europeia ficou com esperanças no que seria uma renovação dos ideais
revolucionários. Em outras palavras, diante do refluxo da revolução na Europa,
os comunistas voltaram a ter esperanças no chamado terceiro mundo. Na Europa do
pós-guerra a chamada classe operária ficaria mesmo com a social-democracia,
odiada pelos comunas. O maior partido comunista da Europa, o italiano, seguiria
um caminho próprio que muitos chamariam de eurocomunismo, que era de fato uma
social democracia disfarçada. Já para os descalabros e a repressão sangrenta
dos países da cortina de ferro a intelectualidade de esquerda, sobretudo a
francesa se omitiu completamente com poucas exceções.
A chamada luta armada no Brasil
deveu-se essencialmente à revolução cubana. Muitos foram treinados por lá, como
o nosso corrupto condenado pela justiça José Dirceu, que dizem, ser agente
secreto de Cuba.
Com o fim da União Soviética,
veio a penúria total. Nunca uma ditadura latino americana foi tão sangrenta e longeva como a
cubana. Na prática os dirigentes cubanos socializaram à pobreza. E a melhor
forma de minar de vez este monstro que assalta o sonho de gerações de cubanos é
com o fim do embargo americano. Aliás os norte-americanos temem mesmo é uma
invasão em massa de cubanos pobres e enfurecidos. Creio que o fim da ditadura é
uma mera questão de tempo, e pouco. Os líderes cubanos prometeram o reino da
igualdade a abundância para os cubanos. Promoveram a fome e a falta total de
liberdade. Como bem dizia meu avô Fausto Souto Maior, nenhum comunista queria
morar em Cuba. Pobre povo cubano. Que Deus ilumine e ajude àquele povo. Saravá!
Disse bem, professor! Uma aula para quem quiser. E ainda há gente que defende este regime cubano, sob o qual duvido que quisessem viver. Hipócritas. Parabéns, professor! Tentei ligar para o senhor antes do Natal, mas a TIM não dá tréguas. Vou continuar tentando. Feliz Ano Novo!
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