quinta-feira, 25 de setembro de 2014

“Hoje, o país não sabe onde está” (II) - A VERGONHA DO PRONUNCIAMENTO DILMA NA ONU - POR CAIO BLINDER


“Hoje, o país não sabe onde está” (II)

Dilma na Cúpula do Clima na ONU, em Nova York
Dilma na Cúpula do Clima na ONU, em Nova York
Eu li e reli a declaração no site de O Globo. Sigo incrédulo. Será que a presidente Dilma Rousseff realmente disse o que disse? Será que o clima já de outono em Nova York fez mal para sua cabeça?Na terça-feira, após seu discurso para uma plateia esvaziada na Cúpula do Clima, ela “lamentou enormemente” os ataques aéreos dos EUA e de seus aliados árabes contra terroristas do grupo Estado Islâmico na Síria.
Dilma acrescentou que a “melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU”. Dilma é a gerentona durona com os americanos que se atreveram a atacar inimigos da humanidade, mas ela nunca se indignou tanto com as barbaridades da ditadura de Bashar Assad, outro praticante de crimes contra a humanidade.
Tem mais: a presidente disse que estão aí as lições da história e filosofou que “perdas de vidas dos dois lados, agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos, mas depois causam prejuízos e turbulências”. Não gosto de perder tempo com futrica, com a bobagem diária dita por político, mas a presidente do Brasil criou uma equivalência entre os EUA e terroristas decepadores de cabeças (os dois lados nesta crise, na cabeça dela). Equivalência entre Estados Unidos e Estado Islâmico. Dilma sugeriu um diálogo entre os dois lados. A presidente está em Nova York. Por que ela não convida os decepadores de cabeças para um diálogo nas Nações Unidas com os “agressores”, servindo de mediadora?
Na quarta-feira, na tradição conferida ao Brasil, a presidente Dilma Rousseff discursará na abertura da assembleia geral das Nações Unidas. Ecoo as palavras do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ditas na segunda-feira, conforme o relato de VEJA.com:
Por Luís Lima, na VEJA.com
Segundo FHC, o Brasil está, aos poucos, “perdendo o rumo”, ou seja sua “visão estratégica”, e que o país já não sabe mais onde está. “No âmbito da política externa, perdemos a noção de que pertencemos a um lado, do Ocidente. Hoje, o país não sabe onde está”, afirmou.  ”Escolhemos o ‘sul’, mas não tem razão para escolher ficar de um lado só. Esquecemos o Ocidente e fomos nos isolando”, afirmou, exemplificando sua fala com a falta de acordos comerciais do Brasil

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