terça-feira, 17 de junho de 2014

Desespero, ódio e baixaria. Ou: A tática do espelho

Desespero, ódio e baixaria. Ou: A tática do espelho

O discurso do ódio é a marca registrada de Lula
Lênin ensinou aos seus seguidores: acuse o inimigo daquilo que você mesmo faz. É a tática do espelho: sentar diante de seu próprio reflexo e, com a maior cara de pau, atacar o outro com rótulos e adjetivos extraídos diretamente da própria imagem abjeta. O PT, nem preciso dizer, é um filhote do leninismo.
O excelente editorial do Estadão hoje parte exatamente desta premissa, para concluir que nada é mais absurdo do que um Lula acusando a oposição de semear o ódio. Lula subiu na vida pregando o ódio! E mesmo no poder continuou fazendo a mesma coisa, dividindo para conquistar, segregando o povo brasileiro de forma maniqueísta para se perpetuar no poder. Diz o jornal:
No desespero diante da sólida evidência de que a incompetência de Dilma Rousseff está colocando seriamente em risco o projeto de poder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva apela para seu recurso retórico predileto: fazer-se de vítima, acusar “eles” – seus adversários políticos – daquilo que o PT pratica, transformando-os em inimigos do povo e sobre eles jogando a responsabilidade por tudo de ruim e de errado que acontece no País. Lula decidiu de vez “partir para cima” e deixou claro que até outubro estará se atolando no ambiente em que se sente mais confortável: a baixaria.
Uma das mais admiráveis figuras do século 20, Nelson Mandela, reconciliou a África do Sul – que saía do abominável regime do apartheid – consigo mesma promovendo pacificamente o entendimento entre a minoria branca opressora e a ampla maioria negra oprimida. Lula continua fazendo exatamente o contrário: dividiu os brasileiros entre “nós” e “eles”, arrogando-se a tutela sobre os desvalidos, que tem procurado seduzir, transformando-os não em cidadãos, mas em consumidores. Um truque que, como se vê hoje nas ruas, está saindo pela culatra.
Pois é exatamente o homem que subiu na vida com um punhal entre os dentes, disseminando a divisão em vez da consciência da cidadania como arma de luta contra as injustiças sociais, que agora, acuado pelo desmascaramento da enorme farsa que tem protagonizado, tem a desfaçatez de prognosticar que “a esperança vai vencer o ódio”.
Nem todos que condenaram as vaias e, principalmente, o xingamento à Dilma na abertura da Copa são petistas, claro. É legítimo considerar tal ato desnecessário, excessivo, sintoma de falta de educação. O que é típico de petista é outra coisa: a afetação seletiva, o duplo padrão moral, a simulação de espanto e falso moralismo, a vitimização, a acusação de que isso é ódio de uma “elite branca”. Quem foi por essa linha só pode ser um petista, ainda que enrustido.
O editorial finaliza com precisão: “Os líderes do lulopetismo só estarão a salvo de vaias e constrangimentos se escolherem as multidões que estão sob seu próprio controle”. O PT conseguiu rachar o Brasil ao meio (na verdade, mais da metade está contra o modelo bolivariano do PT, ainda que muitos não tenham se dado conta da urgência da necessidade que tirá-lo do poder, mesmo sem uma alternativa maravilhosa). Apenas diante de gente comprada haverá aplausos a este governo autoritário e incompetente.
Rodrigo Constantino

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