sábado, 3 de agosto de 2013

GOVERNO E CONGRESSO NÃO ENTENDEM O RECADO DAS RUAS


O governo e o Congresso não entenderam bulhufas do recado das ruas

 Dilma: recado das ruas não foi entendido (Foto: O Globo)
Dilma: recado das ruas não foi entendido (Foto: O Globo)
Do blog Política & Economia Na Real, do jornalista José Márcio Mendonça e do economista Francisco Petros
LERAM MESMO? SE LERAM, NÃO ENTENDERAM – I
Tanto a presidente Dilma quanto o Congresso estão se vangloriando de ter lido com clareza e entendido perfeitamente os recados que os movimentos populares espalharam pelo país em julho. Não é o que parece, porém.
O Congresso, depois de algumas medidas mais demagógicas do que reais, foi descansar em berço esplêndido, num recesso branco incompatível com a lei e suas obrigações. Os parlamentares não poderiam ter abandonado Brasília nos últimos 15 dias sem antes votarem a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
A volta tem tudo para repetir a rotina de sempre. Disputas com o Palácio do Planalto, pressões políticas, chantagens, vinganças. Se a sociedade não ficar atenta, com manobras políticas para facilitar a vida eleitoral de todos no ano que vem.
Leram mesmo? Se leram, não entenderam – II
A presidente Dilma, em pelo menos três ocasiões públicas na semana passada, também deu mostra que sua leitura dos acontecimentos foi um tanto “vesga”:
1. na recepção do Papa, de forma extemporânea (por ser uma propaganda explícita do governo numa sessão em que o personagem era outro);
2. no discurso na festa do PT em Salvador;
3. na entrevista exclusiva à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, domingo.
O extenso palavrório pode ser resumido: “está tudo bem com o Brasil, o que não estiver estamos prontos para consertar, atendemos o que as ruas pediram”.
Há controvérsias em relação a este otimismo.
Elas estão expressas na abrangente pesquisa de opinião pública realizada pelo Ibope por encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada na semana passada.
O levantamento vai muito além da confirmação da queda vertiginosa da popularidade da presidente (com sobra também para boa parte dos governadores) e da avaliação de seu governo, o destaque a sondagem na maioria da mídia.
É, na realidade, um retrato estatístico, com números contundentes, da insatisfação das ruas e seus porquês

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