quarta-feira, 7 de agosto de 2013

DORA KRAMER: 'QUEM TE VIU'


Quem te viu
.O processo de divórcio litigioso entre o governador Sérgio Cabral e a população do Rio é um “case” cujo epílogo ainda está por ser escrito. Em Estado de peso político significativo não há registro de nada semelhante: reeleito com 70% dos votos em 2010, Cabral ficou reduzido a 12% de aprovação no pouco mais de um ano que lhe resta de mandato.

Ele mesmo deu a pista sobre as razões do desgaste ao prometer, em sua autocrítica compulsória, “voltar a ser eu mesmo”. Admitiu ter se deixado embevecer pelas delícias do poder. Fantasiou ao ponto de tentar se “colocar” como candidato a vice de Dilma Rousseff em 2014 passando por cima da hierarquia do PMDB, partido que no âmbito nacional não o considera verdadeiramente um dos seus.

Arrependido, tenta se reinventar. A questão não é se ele aprendeu a lição, mas se a população acreditará que esteve fora de seu estado natural ou se o sucesso fez aflorar sua verdadeira natureza.

Ainda assim, não obstante as evidências em contrário hoje, não é impossível que o eleitorado venha a escolher seu vice como sucessor. Não por força de seu apoio, mas por insuficiência de alternativas e méritos de Luiz Fernando Pezão, a antítese do titular: desprovido de afetação, imune ao deslumbramento e sempre presente em situações adversas para o governo.

Essa é a matéria-prima de que dispõe Pezão para trabalhar na aquisição de luz própria a fim de fugir da imagem do “poste” que Sérgio Cabral já não pode iluminar.

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