Seria o prazo dado por Eduardo Campos para dizer se é candidato a presidente. Este negócio de estipular prazo, lembra Serra, que deixava todo mundo nervoso com suas indefinições. O negócio é ter vontade de poder, e mesmo com poucas chances, disputar. E desde já, participar do processo político que é discutir as questões nacionais. Política é isto, o poder da palavra. Porém, qual será seu discurso? Um petismo melhorado, se é que se pode melhorar o já muito ruim.
A questão, volto a insistir, é ter outro projeto político e ideológico, e isto ninguém tem. Questionar aberta e profundamente os malefícios do estado em nossas vidas, sobretudo o estado de tradição patrimonialista como o nosso. Mostrar ao povo que, com o estado e a burocracia mandando em todos e se apropriando da riqueza nacional, seremos eternamente escravos desta gente. Este é o verdadeiro caráter do nacionalismo pátrio de cunho positivista, agora aliado à esquerda cleptocrática. Esta gente vem mandando no país desde Getúlio Vargas, a quem Lula quis, ridiculamente também se comparar. Incluindo os governos militares, é bom ressaltar. A questão não é de gerência, mas de concepção. E a visão nacionalista e isolacionista da economia e da política externa, é a concepção do atraso nacional. E, pelo menos agora, não vejo ninguém assumindo este papel. Se tiver coragem e clarevidência, Aécio pode ser este agente transformador. Mas acho difícil pois ele se diz um social-democrata.
Se a situação econômica se deteriorar ao ponto de o povo sentir o baque, as coisas podem se complicar. Se não, sobretudo pela ausência do contraditório, Dilma e o PT levam. Levam mas não ganham, pois com este "estilo" de governar, compra-se o passaporte certo para o fracasso. O recrudescimento da inflação com estagnação certamente não são bons sinais. A inação do governo também. Vamos ver o que acontece. Saravá!
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