quarta-feira, 10 de abril de 2013

LEIAM - DO BLOG DE LUCINHA PEIXOTO


Patriotadas





Por Mary Zaidan (*)

O governo norte-coreano informou sexta-feira que não poderá garantir a segurança de representações diplomáticas instaladas na capital Pyongyang. De pronto, o Brasil decidiu não fechar a embaixada que nem aberta deveria ter sido.

Pelo menos é o que se depreende da fala do ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota ao tentar explicar a importância da presença brasileira em terras que sequer registram brasileiros residentes, e que, por ano, têm troca comercial irrisória, de pouco mais de R$ 370 milhões. Sem rir, disse que com a embaixada o Brasil passou a ter informações “de primeira mão”, deixando de depender da “imprensa ocidentalizada”.

Pelo jeito Patriota crê que a mídia não controlada do Ocidente é menos confiável do que as informações da ditadura de Kim Jong-un, que agora brinca de ameaçar o mundo com uma guerrinha nuclear. Deve achar normal também o Brasil ter instalado nos últimos 10 anos nada menos do que 62 embaixadas, boa parte em lugares exóticos como Tuvalu, com menos de 13 mil habitantes, Burkina, Butão, Samoa, Palau, Ilhas Fiji, Nauru e Névis.

Desde que Celso Amorim instituiu no Itamaraty a supremacia partidária acima das questões de Estado, a diplomacia brasileira caminha trôpega. Isso, quando caminha.

Laços fraternos com presidentes do Irã Mahmoud Ahmadinejad e da Síria Bashar al-Assad, erros crassos em Honduras, emissão farta de passaportes diplomáticos para amigos e familiares do ex-presidente Lula são algumas marcas de que Amorim deveria se envergonhar.

Com Dilma já eleita, enquanto 80 nações condenavam a lapidação, tendo como símbolo a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, o Brasil postou-se junto aos progressistas Angola, Benin, Butão, Guatemala, Marrocos, Nigéria e Zâmbia, omitindo-se.

Patriota começou valente. Por um momento, até pareceu que corrigiria rumos. Mas qual o quê.

Na América do Sul, ficou de cócoras frente aos desmandos da argentina Cristina Kirchner, que continua a sobretaxar e a dificultar a entrada de produtos brasileiros em seu País. Faz vista grossa à falsa democracia venezuelana. E é incapaz de agir em defesa dos cidadãos brasileiros no exterior. Que o digam os 12 presos em regime fechado, há quase dois meses, acusados de forma genérica da morte de um jovem durante o jogo San José x Corintians, em Oruro, interior do País do amigo do peito Evo Morales, para quem Lula fez campanha.

Uma década de diplomacia esquizofrênica, expansionista, caríssima e nada eficaz. Que cada dia está mais distante dos fóruns que importam no mundo; que preferiu ser parceira do atraso. Mas isso é pura intriga da “imprensa ocidentalizada”.

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(*) Publicado no Blog do Noblat em 07.04.2013. Eu não entendo muito de política externa. Aliás, não entendo de quase nada, a não ser pela minha curiosidade de dona de casa que libertou as doméstica há muito tempo. Agora elas estão escravizadas pelo PEC das domésticas, mas, não me culpem por isso (depois tenho que escrever sobre o tema, pois experiência não me falta no ramo).

A única política externa de que tratava em meus escritos era aquela da relação entre os blogs de minha pátria, Bom Conselho, com os de pátrias vizinhas como Garanhuns, Caetés, Ararapiraca, etc. Para este efeito, o nosso maior parceiro em política externa é Caetés (tanto o Blog do Rafael como o do Hadriel ainda me linkam, o que me deixa honrada). Tinha relações com Garanhuns onde tinha link no Blog do Roberto Almeida, Ronaldo César e Wagner Marques. O último resolveu se aposentar da atividade, o do meio já não me linka faz um tempo por algumas críticas que ele não aceitou e o primeiro, eu mantinha relações bilaterais, mesmo conturbadas, como convém quando nos relacionamos com petistas enrustidos ou não. Hoje, a mando dos blogs oficiais de Bom Conselho e a pedido do Dandan (não sei os detalhes da reunião e se houve alguns sórdidos, eu não sei), o do Roberto não me linka mais. Eu, unilateralmente, continuo minha relação com todos, sendo eles linkados em meu blog. Até o do Poeta, que é de Arapiraca, continua. Mas, vamos ao que interessa.

Todos sabemos que o governo petista sempre teve, em termos de política externa uma opção preferencial pelos ditadores. Desde sempre com Cuba, e se espraiando pelo Irã e chegando, no hoje passarinho, Chávez. Numa guerra externa, seria uma grande contradição deixar de apoiar o Kim Jong-un da Coreia do Norte para apoiar alguma nação considerada democrática como Estados Unidos, Coreia do Sul ou Japão.

Fatalmente, estaríamos enviando soldados para um possível conflito. Isto não seria mau de todo. Talvez se as forças armadas, para ir à guerra, só aceitassem voluntários, quem sabe o Brasil não se veria livres de Lula e Dilma (não como gerente, mas como cuidadora de soldados idosos)? Ainda poderiam ampliar a linha de frente de nossas forças, em troca de redução da pena, pelo mensalão, o Dirceu, o Delubio e o Genuino. Seria uma troca justa se cada um deles fosse colocado em cima das ogivas nucleares que seriam atiradas rumo aos países sem ditadores. Eu só tenho medo é que eles sabotem as ogivas, elas não explodam e eles voltem.

Mas, não é minha intenção, neste simples comentário, empanar o brilho do texto da Mary Zaydan, que vai ao ponto como sempre. Eu termino dizendo apenas que em termos de relações externas, o Brasil vai tão mal, que até o Vaticano resolveu escolher um papa argentino, que beijou a “velha” Cristina e não beijou o Poste. Bem feito. (LP)

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