quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

DIREITA I LOVE YOU




         Às vezes leio nos blogs comentários sobre minha posição política e ideológica, geralmente me acusando de direita. Sou, qual o problema? Aliás, hoje com muito orgulho. Pois tive um passado de formação comunista. Tentava seguir a linha trotskista, que era afinal uma das únicas a fazer críticas - à esquerda - ao chamado “socialismo real”. Depois vieram outras tendências esquerdistas que viriam quebrar a hegemonia dos partidos comunistas. Depois de comunista, social democrata. Porém, as hesitações da chamada social democracia brasileira me lavariam para o lado do liberalismo. Ademais, o próprio PT não se transformou num partido, digamos, com colorações  da chamada social democracia? Afinal, com a carta aos brasileiros, o partido, antes radical, tornou-se moderado,  e pior, aliado com a cleptocracia reinante nos corredores da vasta burocracia brasiliense, incluindo, é claro, o congresso.
O Brasil precisa de liberdade e  capitalismo. Com nossa tradição de patrimonialismo, devemos privatizar a grande maioria das estatais que infelicitam o povo, que nem de longe sabe disso. Aliás, o povo apoia as estatais que lhes surrupiam dinheiro todos os dias do ano. Sou a favor da abertura econômica . melhores relações com os Estados Unidos,  e da reforma total do estado, e de um novo pacto federativo. O país está há anos com uma infraestrutura em pandarecos, o estado não tem capacidade de investir nem deixa a iniciativa privada fazer. Ademais, desde meados dos anos cinquenta, ninguém acredita mais na eficiência do estado como produtor de bens e mercadorias.
Do ponto de vista político,  defendo a democracia e a liberdade sem restrições maiores. O Brasil precisa fazer sua segunda transição. A primeira, foi a democrática. Hoje devemos aperfeiçoar nossas instituições, radicalizando, digamos assim, nossa democracia. Precisamos das reformas política e eleitoral. Sou veementemente contra todos os tipos de ditaduras, ainda mais de sistemas totalitários, de triste memória no sangrento século XX. Aliás, seguindo o raciocínio e Roberto Campos, as ditaduras de direita, são, digamos, mais brandas do que as de esquerda. As primeiras são mais biodegradáveis, as segundas são mais duradouras e em muitos casos mais cruéis.
Sou também contra o aborto, e a favor da pluralidade religiosa, e pela mais completa tolerância em relação aos sem religião. Enfim um sistema que priorize essencialmente o indivíduo em detrimento do estado pretensamente onisciente e onipresente. Se ser de direita é essencialmente ser amante da liberdade e do individualismo, tenho, como já disse, orgulho de der de direita. Nada a ver com a velha e quase inexistente direita fascista e congêneres, que se identificam mais com certos regimes esquerdistas do que outros quaisquer. Aliás, não é por menos que Stálin , até a invasão alemã à então União Soviética, confiava plenamente em Hitler, e os altos oficiais e escalões superiores do regime nazista admiravam a fidelidade dos comunistas ao sistema. Enfim, tudo é história. Sem ela não sabemos de nada.  Saravá! 

Um comentário:

  1. Deixei o comentário abaixo no Blog do Roberto Almeida que o transcreve hoje. Achei que não seria educada se aqui não o pedisse para publicá-lo também. Parabéns pelo artigo e por outros. Saravá.

    “Hoje não precisaria nem me pedir para comentar aqui no Blog do Roberto porque estou com furor teclativo. Eu não conheço pessoalmente o Rafael Brasil. Conheço um seu conterrâneo que também se jacta de ser de direita: o Zezinho de Caetés. Não sei nem se eles são amigos mas pensam muito semelhantemente. Apenas tenho o seu blog entre os meus favoritos e o leio sempre.

    E pensando bem, o difícil hoje no Brasil é dizer que é de esquerda, sem ser confundida com a corja petista que está no poder há 12 anos, dizendo defender as classes dominadas e no fundo apenas se tornando a classe dominante como qualquer dirigente de país do socialismo real (que Deus o tenha). Muitas vezes eu digo que o Roberto é um petista enrustido, mas, eu considero como um “petista do bem”, e que apenas, certas horas, dar uma “desmunhecada”. E quando ele diz que há cafajestes dos dois lados ideológicos, eu só não concordo porque não resumo mais as ideologias em apenas dois lados, e prefiro falar de espectro ideológico. Ou melhor uma linha que começava na esquerda e partia para a direita e que no Brasil está se fechando para se tornar um círculo.

    Hoje, a esquerda stalinista, representando pelos mensaleiros petistas e seguidores está já se encontrando na outra ponta com o Plínio Salgado, para ficar no Brasil. Hoje, a classificação pura e simples entre esquerda e direita, estanques, não existe mais e nem serve à nossa verdadeira causa que é a democracia, e dentro dela podem conviver pessoas que dizem defender qualquer coisa, inclusive os que não gostam dela.

    Eu concordo com Telma quando ela diz que o Roberto Campos era quase um gênio e aproveito uma frase que o Roberto Almeida cita dele para mostrar que também ela era um profeta: "O PT é o partido dos trabalhadores que não trabalham, dos estudantes que não estudam e dos intelectuais que não pensam". Este é um resumo da esquerda que está no poder a 12 anos e ainda se acha pertencendo às classes dominadas. Hoje seriam apenas acrescidos os que fingem não roubar, mas roubam mais do que Ali Babá. Dizer que o mensalão se esgota nos poucos que foram pegos pelo STF é uma santa ingenuidade. Fora a pieguice de ajudar aqueles que mais precisam por ser cristão, eu concordo com todo seu comentário, mas concluiria que, atualmente, quem é de direita nem sempre é tão ligado ao nazi-fascismo quanto quem é de esquerda é ligado ao stalinismo. E estes é que estão no governo há muito tempo e querendo ficar mais explorando os mais pobres dando-lhes esmolas oficiais e pedindo seus votos.

    Nossa! Hoje já passei da conta para alguém em semi-férias. E ainda faltou definir o que diabo é hoje esquerda e direita, classe dominante e classe dominada, mocinho e bandido, revolucionário e reacionário etc. coisa sem a qual apenas giramos no círculo ideológico. Eu não sei bem onde estou no bambolê, mas, concordo mais com o Rafael Brasil do que com o Roberto, em geral.

    Lucinha Peixoto (Blog da Lucinha Peixoto)”

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