quarta-feira, 26 de maio de 2010

MARX E A GEOGRAFIA DO VOTO

O velho Marx torceu efusivamente pela vitória do norte capitalista, contra o sul escravocrata, agrário e portanto pré-capitalista. Isto na guerra civil norte- americana, na segunda metade do século XIX. A guerra civil matou pelo menos um milhão de pessoas, ou perto disso, quantia enorme para os padrões da época. Marx sempre achou que o capitalismo, em relação a outros modos de produção, era progressista. Aliás, progressista não, revolucionário. Para ele, só o capitalismo criaria uma grande classe operária, masa revolucionária que iria implantar o socialismo. O socialismo seria uma etapa a cumprir rumo à transição ao comunismo, quando não existiria mais o estado, porque tornar-se-ía anacrônico, bem como a polícia. Até a política seria desnecessária, nesta utopia comunista.
Marx certamente não defendia , como os tzares vermelhos, a ditadura do proletariado, nos moldes, digamos, russos. Para ele, seria uma espécie de “dita-branda”, funcionando mais pelos meios de convencimento do que propriamente pelo terror permanente. No manifesto comunista, uma das mais belas peças políticas já escritas, Marx destaca o capitalismo e como um modo de produção revolucionário, que quebrou as amarras do sistema feudal, revolucionariamente mudou o mundo, urbanizando-o, abriu brechas para a construção de uma sociedade democrátrica, embora ele pouco se lixava para as importantes questões políticas, pois tinha uma visão negativa do estado, antevendo seu fim, depois da eclosão do comunismo. Aí veio o leninismo, e deturpou indelevelmente o marxixmo, muito piorado, aliás por Stálin e seus seguidores, para os quais, sempre o capitalismo significaria o atraso, e só a revolução curaria seus males, extinguindo-o.
Aqui no Brasil, início do século XXI, está no poder um partido que tem um líder populista, mas sua ideologia ainda tem muitos resquícios, digamos, de um torto marxismo leninismo. Partido que surgiu às sombras do peleguismo sindical atrelado ao estado, e uma significativa participação das chamadas esquerdas católicas, juntamente com pequenas organizações leninistas, trotskistas e até maoístas, massacradas durante o endurecimento do regime militar, sobretudo depois da promulgação do ato institucional número 5, um golpe dentro do golpe. Estas esquerdas sempre mantiveram o discurso revolucionário, só momentaneamente deixado de lado, quando da subida do líder Lula ao poder.
Pois é este partido, que, depois de oito anos no poder, não só manteve, como também virou propagandista do modelo conservador de governar a economia, como está fazendo um verdasdeiro terrorismo eleitoral, alertando que a oposição é contra estes partâmetros econômicos. Até aí tudo bem, faz parte do jogo político.
A questão é que, antes um partido “progressista” fundado nas bases operárias do centro do capitalismo nacional, agora transforma-se num grande partido dos grotões, ou mesmo das grandes regiões mais atrasadass, ou, digamos pré-capitalistas, como o norte e nordeste. Vejam que o PT, agora “passeia” confrtavelmente no eleitorado mais pobre econoimicamente falando, aonde chegam os benefícios sociais, benefícios estes iniciados justamente durante o governo Médici, o mais duro do regime militar, quando foi criada a aposentadoria rural, o velho funrural. No sudeste existe ainda um empate, levando-se em consideração que Minas tem um bom pedaço no nordeste.
No sul, onde os índices sociais são disparadamente os melhores, e onde o crescimento teve uma menor, quando não insignificante presença do estado, Serra ganha com folga, como aliás em São Paulo, a vanguarda do capitalismo nacional. Quanto mais pobres e ignorantes as pessoas, mais acreditam em figuras messiânicas, sobretudo quando delas se recebe uma esmola, largamente propagandeada pelo governo. Ninguém sabe até aonde irá o lulismo, mas é certo é que o mesmo demorará mais a acabar justamente no nordeste. A não ser que a região em pouco tempo tome um verdadeiro “banho” de capitalismo. Aliás, como diria Antômio Gramsci, nada melhor do que o velho capitalismo livre-concorrencial para acabar com antigas e oligárquicas formas de dominação política.

CAETÉS

O que escrevi em meu artigo sobre a oligarquia familiar em Caetés é tudo verdade. Se menti ou caluniei, que reclamem na justiça. Quantas casas foram construídas para a nobre família do prefeito? Quantos automóveis? Quantos empregos esta família e agregados dispõem em Caetés que não tem concursos para os pobres mortais? Ademais, quando postarem algo no blog, tenham a cortesia de assinarem o nome. Só mafioso age no anonimato. Isto para dizer o mínimo. Não tenho medo dessa turma. Que vão encher pneu de trem. Ou enxugar gelo.

ESCOLA

A escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Capoeiras, está completando 25 anos. Trabalho por lá, com muito orgulho, há uns vinte. Por isso tenho um grande apreço pela comuinidade capoeirense, bem como, claro, pelos nosso amigos professores e funcionários que, com muita luta mantém este educandário de pé todos esses anos. Juntos com a diretora Rosana, temos o velho senhor Erivaldo na Portaria, e os professores, Betinha, Maria Almeida, Midi, Irani, Wilker, Zezinho, Waldemir, Yolanda, Valéria, Marcione, Wagner, Ademar, bota pra quebrar, Irani e muitos outros mais novatos e contratados. Todos estão de parabéns, e repito, tenho orgulho de humildemente pertencer a este time.

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