terça-feira, 30 de março de 2010

CAMPANHA DIFÍCIL

Quem pensar que esta campanha será fácil está redondamente enganado. Nunca se usou tanto a máquina pública e as mentiras numa, digamos pré- campanha eleitoral. O governo, quase sem oposição, mente, desavergonhadamente pelos quatro cantos deste país. Uma vergonha nacional. Nunca neste país, se mentiu tanto e se desrespeitou tanto a lei eleitoral como agora. Do alto de sua popularidade o presidente ignora os tribunais, e pouco se lixando para a ilegalidade, passeia pelos quatro cantos do país, falando, quando não bobagens, mentiras. Cabeludas é bom que resaltemos. E a candidata, a stalinista enrustida, mente mais ainda, seguindo o rastro de seu mestre, o Pinóquo de Caetés. Isto sem querer esculhambar a doce e infantil figura de Pinóquio, claro.
Disse que não desrespeita a justiça eleitoral da qual já levou duas multas. Disse que fez greve de fome, quando comia escondido, como um moleque de ginásio. Quer lançar o PAC II, sem ter utilizado nam onze por cento do orçamento destinado ao chamado PAC I. Inaugura obras inacabadas, elogia Sarney e companhia, disse que não houve mensalão apesar dos mais de quarenta ladrões petistas indiciados pela justiça federal, e não reconhece greve de fome como um meio de sedimentar posições politicas, dando apoio aos cacarecos políticos e ideológicos de Cuba, assassinos da liberdade, que também mentem costumeiramente, colocando a culpa da ditadura cuel vigente no país...No imperialismo americano. Já dizia o ministro da propaganda de Hitler Joseph Goebbels, que uma mentira repetida várias vezes, transforma-se em verdade. É também de Goebbels, a famosa frase de “quando ouço falar em cultura, me dá vontade de puxar um revólver”. Uma beleza. Jás o povão, geralmente analfabeto, o adora, sobretudo quando o presidente/mentiroso ressalta seu analfabetismo como uma qualidade a mais. Para ele, se estudasse, serria o maior gênio de todos os tempos. Ora bolas, não estudou porque não quis. Quando mente, pensa que o país é burro, pois apesar da popularidade, boa parte do povo não está engolindo Dilminha, que mente muito também, já disse que tem mestrado, doutorado e nada, disse que no governo Lula não houve apagões, e mente todos os dias em companhia do mentiroso mor , que é o presidente da república. Talvez seja por isso que o presidente tem raiva de Jarbas, senador de Pernambuco. Como Jarbas nunca quis se dobrar às vontades do presidente, o mesmo nutre um verdadeiro ódio pelo senador. E Jarbas o chamou justamente de mentiroso, coisa que os mentirosos sabem profundamente o que são.
Este Lula, não passa de um proto-fascista. Quero ver o mesmo na oposição, quando vai tentar jogar as máquinas sindicais contra o próximo governo, que espero, seja Serra. Espero que o próximo presidente exponha as vísceras deste governo. A ladroagem generalizada, travestida de nacionalismo babaca e retrógado. Quero ver também estes sujeitos de mãos sujas clamando pela ética na política. Acreditem. Eles são mesmo cara de pau. Ou não?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Denis Lerrer Rosenfield -O espírito do capitalismo O Estado de S.Paulo

O Brasil está sendo objeto de um cerceamento progressivo da liberdade de escolha, que atinge contextos tão díspares como a escolha propriamente individual até uma presença cada vez maior do Estado na esfera econômica. A Anvisa, por exemplo, crê-se autorizada - e edita uma resolução - proibindo a venda de remédios que não necessitam de receita na frente do balcão, local de livre opção. Proíbe também a venda de balas e chocolates. Os cidadãos são tomados como idiotas, incapazes de decidir por si próprios. Ao mesmo tempo, o governo edita um decreto, o PNDH-3 que, em nome da democracia, procura minar as bases mesmas da democracia representativa, visando a instituir no Brasil uma espécie de República sindical ou dos conselhos.


O perigo está no enfraquecimento do espírito do capitalismo, pois ele pode levar consigo as instituições democráticas. O capitalismo não reside apenas no seu "corpo", constituído pela economia de mercado, mas também na sua "alma", formada pela liberdade de escolha e por um conjunto de atitudes, hábitos e instituições que lhe dão sustentação. Pode perfeitamente ocorrer que um Estado autoritário capture o espírito do capitalismo tornando-o socialista, enquanto etapa preliminar de um controle maior dos cidadãos e da própria economia de mercado. Um corpo sem alma seria uma presa fácil.

Durante esse período de captura, empresários podem até se sentir muito confortáveis, desenvolvendo seus negócios e ganhando privilégios do Estado, que se apresenta como encarnando um novo modelo nacional de desenvolvimento. As palavras podem até mudar, porém o que conta é o processo de captura do espírito capitalista, que vê reduzido progressivamente o seu espectro de atuação. A captura do espírito capitalista pode, por parte dos seus beneficiários do setor econômico, ser uma espécie de servidão voluntária, traduzindo-se por lucros crescentes, que, no imediato, provocam a adesão desse setor aos que estejam conduzindo tal política governamental. O problema, no entanto, está no longo prazo, pois a servidão voluntária poderá traduzir-se por correias cada vez mais opressivas, inviabilizando que estas possam, depois, vir a ser rompidas. Os elos da corrente serão forçosamente de maior resistência, pois o que terá sido quebrado é a espinha dorsal do espírito capitalista.

Isso é particularmente claro no que diz respeito à liberdade de escolha. Pode-se dizer que a liberdade de escolha é o princípio mesmo do espírito capitalista. Liberdade de escolha que se opera sobre bens materiais e imateriais, bens tangíveis e intangíveis. A liberdade de escolha de bens materiais é aquela que se torna mais visível nas operações de uma economia de mercado, quando um cidadão compra ou vende algo. Temos o conjunto de transações que constituem a economia mesma de mercado, ancorada que está neste significado da liberdade de escolha.

A liberdade de escolha no sentido imaterial concerne à escolha de crenças, de um(a) parceiro(a) amoroso(a), de objetos de gosto em geral; concerne também a uma determinada religião ou, mais genericamente, ao que uma pessoa estima como o seu próprio bem. Articula-se um conjunto de atitudes, de comportamentos, todos eles baseados na liberdade de escolha, que encontra suas formas mais elaboradas na liberdade de pensamento, de imprensa, de eleição dos governantes, também denominada liberdade política. Há todo um conjunto de hábitos que, de tão naturais, escapam a nosso ângulo de visão, como se não pudessem ser mudados, como se seu espírito fosse, por assim dizer, eterno.

Acontece, porém, que esse segundo conjunto de atitudes, o da liberdade de escolha imaterial, começa a ser enfraquecido e progressivamente limitado, enquanto o livre-arbítrio na acepção material continua intacto ou aparentemente intocado. Os cidadãos podem estar contentes com seus benefícios materiais, suas rendas, seus salários, empregos e lucros, enquanto o cerceamento da liberdade se faz em sua acepção imaterial. O paradoxo que se esboça é o do enfraquecimento do espírito do capitalismo no momento mesmo em que a economia capitalista mantém o seu crescimento e pujança.

Na verdade, uma situação desse tipo termina, a longo prazo, reverberando sobre a própria liberdade material, porém quando isso acontece o jogo, por assim dizer, da liberdade já se encontra jogado, tendo o seu desfecho na eliminação da liberdade em suas duas acepções. Acontece que o processo é lento, gradativo, fazendo-se mesmo por meio do contentamento das pessoas. Por exemplo, o governo começa a estabelecer uma série de restrições relativas a escolhas individuais ou de propostas em relação às instituições e ao Estado de Direito. O conjunto dessas medidas se faz em nome do bem do indivíduo, em nome de sua saúde, como se coubesse ao Estado ditar aos cidadãos o que é melhor para eles. As propostas podem ser também ditas de aperfeiçoamento da democracia, quando esta, na verdade, está sendo posta em causa.

A questão, porém, consiste em que o Estado começa a invadir competências que não deveriam ser suas. Ele começa a monopolizar um saber que diz ser seu, o de decidir em lugar dos próprios indivíduos. E termina impondo ao cidadão o que entende como o seu próprio bem. Num primeiro momento, ele toma o lugar do cidadão, determinando o que ele pode fazer ou não relativamente à sua própria saúde. Num segundo momento, procurará impor o que entende ser a "boa" matéria jornalística, estabelecendo a censura aos jornais. Em outro momento, passará a determinar o que os indivíduos deveriam ouvir ou não no rádio, ver ou não num canal de televisão, em nome daquilo que também vem a considerar como o bem. Processo semelhante poderá ocorrer na educação, com livros didáticos que terminarão impondo um credo político ou religioso. Propostas essas já contempladas no PNDH-3. É o espírito mesmo do capitalismo que se esfacelaria e, com ele, a democracia representativa.

Carlos Alberto Sardenberg -Alguém vai se decepcionar O Estado de S.Paulo

Para ficar apenas no noticiário mais recente, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer capitalizar, ou seja, colocar mais dinheiro na Petrobrás, na Eletrobrás, na Telebrás, no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e num novo banco de financiamento à exportação.


Também quer gastar dinheiro, na forma de subsídios a compradores e de financiamento a empreiteiras, para "acabar com o maldito déficit habitacional", como disse na sexta-feira.

Acrescente aí os compromissos com o aumento real do salário mínimo e das demais aposentadorias, com a ampliação das bolsas e com os reajustes do funcionalismo, mais as megaobras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - como o trem-bala e a transposição do Rio São Francisco - e se verifica que, sem fazer contas, o governo não tem dinheiro para isso tudo.

Há algumas engenharias financeiras ou simplesmente alguns truques em andamento, como essa ideia do governo de capitalizar a Petrobrás "pagando" com barris do petróleo do pré-sal, que ainda não existem. Mas continuam enroladas.

Já o endividamento do Tesouro existe. O governo andou lançando uns papagaios na praça para emprestar ao BNDES - o que aumentou a dívida pública bruta, que, aliás, já se aproxima perigosamente dos limites.

Ou seja, esse é um artifício de pouco uso, daqui em diante, se o governo pretende, como promete, manter a estabilidade das contas públicas.

Também há - ou havia - promessas de aliviar a carga tributária de alguns setores da economia, como o de exportação, o que também significa custo para o Tesouro.

De novo, a conta real não fecha com as promessas.

E aí?

Aí é que muita coisa simplesmente não vai acontecer. O pacote de apoio à exportação, por exemplo, saiu bem mixuruca.

A principal reivindicação dos exportadores é que eles possam compensar automaticamente os impostos que pagam indevidamente. A exportação é isenta, mas, quando o exportador compra insumos e partes, esses produtos vêm com impostos embutidos no preço, em razão do nosso sistema - perverso - de cobrar antecipadamente.

Com isso, os exportadores ficam com uma espécie de crédito, que gostariam de descontar automaticamente de outros impostos, devidos sobre o comércio local, por exemplo. Gostariam, também, de poder vender esse crédito de maneira simples e rápida. Mas não saiu. Ficou o sistema antigo, pelo qual o exportador tem de praticamente implorar a devolução. Entra na fila, e aí já viu.

E por que não mudaram a regra, se todos estão de acordo que é preciso apoiar a exportação? Porque o governo precisa do dinheiro para os gastos já contratados, a Previdência Social, pessoal, os programas sociais e o custeio, que levam mais de 90% das receitas líquidas do governo federal.

Ou seja, eis a alternativa: ou o presidente Lula se convenceu de que ganhou uma licença para gastar e deixou de lado as metas de superávit primário e de redução do endividamento público ou esse amontoado de planos e promessas não passa de agitação e propaganda.

O mercado, que o presidente Lula e seus companheiros adoram atacar, acredita piamente na promessa de austeridade que está no Orçamento: superávit primário de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) - ante menos de 1% no ano passado - e redução da dívida líquida do setor público de 41,5% para 39,5% do PIB, com juros em alta e inflação contida. É o cenário que aparece no Relatório de Mercado, publicado pelo Banco Central (BC), com base nos cenários desenhados por instituições financeiras e consultorias.

Por outro lado, o setor produtivo - especialmente entre aqueles que dependem de encomendas do governo e das estatais - acredita piamente que o dinheiro para os seus negócios vai pintar.

Um dos dois vai se decepcionar. Capaz de os dois se decepcionarem, o que seria o pior cenário para o País.

Fixação. Parece que dois sentimentos movem a atividade externa do presidente Lula. Um é a fixação nos Estados Unidos. O outro é uma espécie de teimosia, que o leva a dobrar a aposta toda vez que é criticado.

Dirão: como fixação, se o presidente não perde a oportunidade para atacar "a subserviência" aos Estados Unidos?

Pois é justamente isso, uma fixação ao revés. Lembram-se daquela diplomacia do regime militar - "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil ?" Troquem um "bom" por um "ruim" - e eis o comportamento atual.

Quanto ao segundo sentimento, basta observar as reações do presidente. Quanto mais criticam, por exemplo, sua futura visita ao Irã, mais Lula anuncia que vai lá, que vai falar isso e aquilo e que, para não perder o embalo, não vai deixar de ir só porque os Estados Unidos não querem.

Na sexta-feira passada, por exemplo, Lula disse que era "subserviência" aceitar a tese de que a paz no Oriente Médio depende dos Estados Unidos. Por isso, o Brasil está se metendo na história.

E, se dizem que a capacidade da diplomacia brasileira por lá é muitíssimo limitada, o presidente Lula acusa os críticos de sentimento de inferioridade e declara que vai fazer muito mais pela paz.

Bobagem, portanto, querer discutir a eficiência dessa política externa. A coisa não passa por essas racionalidades.

Fora de controle-Ricardo Noblat O GLOBO

"Notícia é o que a gente quer esconder; o resto é propaganda".
(Lula, que gostava de notícia antes de virar presidente)

No passado, desdenhou o canudo da universidade.

Por hábito, censura o comportamento da imprensa.

Ridicularizou em Cuba a greve de fome e o conceito de direitos humanos. Na semana passada, para completar, debochou da Justiça. E logo após ter sido punido duas vezes com um total de R$ 15 mil em multas por fazer campanha fora de hora para Dilma.

Saiu no lucro, ressalve-se. O que representam R$ 15 mil para quem se ocupa há mais de um ano e meio em afrontar a lei eleitoral? No caso, a Justiça foi cega, lenta e conivente. Em benefício da solidez das nossas instituições, digamos, porém, que na maioria das vezes a Justiça se limita a ser cega e lenta.

Manda Paulo Okamoto, atual presidente do Serviço Brasileiro de Apoio a Micros e Pequenas Empresas, pagar a multa! Em 2004, Okamoto pagou do próprio bolso uma grana que Lula devia ao PT. Sindicalistas zelosos já se ofereceram para quitar a multa e agradar Lula. Sem problema.

Problema e grave é ver o presidente da República incitar seus seguidores a ignorarem a lei. Foi assim em Osasco, São Paulo, durante a inauguração de 106 apartamentos inacabados. A multidão começou a gritar o nome de Dilma. Conhecido por repreender com severidade multidões que vaiam seus aliados, como Lula reagiu?

Disse: Se eu for multado, vou trazer a conta para vocês.

As pessoas acharam graça e fizeram com as mãos o gesto de assentimento.

A faceta cada vez mais debochada de Lula com tudo e com todos combina com a faceta conhecida de um país galhofeiro, mas é imprópria para o titular do cargo mais importante do serviço público.

Nem os generais da ditadura, nem mesmo Jânio Quadros, por exemplo, ousaram tanto. Os militares aviltaram a democracia, mergulhando o país numa treva de duas décadas. O folclórico Jânio avacalhou o voto popular mergulhando sua alcoolizada presidência num porre de sete meses que acabou, três anos depois, com a ressaca do golpe militar.

Mas os generais conseguiram manter a pose e a circunstância ensaiadas em suas academias militares, embora a tortura rolasse nos porões. E Jânio fingiu uma sobriedade expressa em bilhetinhos nervosos que projetavam um bafo austero sobre a administração.

Diferente deles todos, Lula não mascara o que é, nem finge o que não é.

Isso é bom quando ele atravessa a barreira que sempre separou governantes de governados e procura atender às necessidades primárias do povo. É ruim quando, do alto de seus impressionantes 76% de aprovação popular, e no ocaso de uma administração histórica, sente-se no direito de desafiar qualquer coisa, até mesmo a Justiça.

Com frequência, a língua nada presa e muitas vezes irresponsável de Lula vergasta instituições, ideias, princípios e verdades. Em Osasco, ela justificou a falta de revestimento nas paredes dos apartamentos com uma desculpa malandra: Tem gente que vê o azulejinho de uma cor e na semana seguinte tira e coloca outro.

Qualquer cidadão tem o direito de criticar a imprensa.

Eu diria o dever. Ela é poderosa demais para ficar imune a críticas. E se não lhe faltarem sabedoria e bons propósitos, aprenderá com elas. Mas esse não é o objetivo de Lula ao admoestá-la.

Lula é um governante populista e autoritário. Esse tipo de gente prefere uma imprensa servil.

Não consigo entender a predileção (da imprensa) pela desgraça. Há tanta coisa boa no cotidiano do povo brasileiro, repetiu ele outro dia. O lamaçal que derrubou o governo de José Roberto Arruda não arrancou de Lula uma só palavra de indignação. Imagem não quer dizer tudo, afirmou de cara limpa. Referia-se aos vídeos do escândalo.

OK. Lula foi apenas coerente.

Afinal, o mensalão jamais existiu. O preso político cubano Orlando Zapata morreu porque decidiu fazer uma greve de fome. E preso político é igual a preso comum. Pois imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedissem liberdade.

domingo, 28 de março de 2010

CAPOEIRAS

Parece que o prefeito de Capoeiras, Dudu, pode fazer um governo interessante em Capoeiras. Homem sério e comedido, não andou com perseguições a funcionários que nele não votaram, uma grande virtude diante das verdadeiras safadezas ocorridas diariamente nas prefeituras da região. Está tentando pagar as dívidas que, como em Caetés, por exemplo, tornaram a cidade inadimplente, ficando orfã de inúmeros investimentos federais. Quanto estas cidades estão perdendo com isso? É preciso procurar contabilizar para esclarecer a população. Porém, é preciso urgentemente consolidar os investimentos prometidos, apressando a construção da escola estadual com turno integral, mantendo o atual prédio da escoila Nossa Senhora do Perpétuo Socorro prtencente à Igreja Católica, funcionando para o ensino fundamental, passando a ser administrada pela prefeitura, transformando a excelente área em derredor num grande parque ecológico e desportivo para a população da cidade. Seria uma obra de grande impacto, e não se gastaria tanto assim, ora bolas. O povo da cidade, ao invés de andar na beira da pista que leva a vila do Araçá, teria um belo parque, com pistas apropriadas para andar e correr. E o prefeito deixaria indelevelmente sua marca na cidade.
Tenho um especial carinho por Capoeiras, pois é lá que trabalho há mais de vinte anos, convivendo de perto com inúmeras pessoas da comunidade, sobretudo através de meus amigos professores e funcionários da nossa querida escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Por isso, sinto-me no direito de dar alguns pitacos para o embelezamento e melhor funcionamento da cidade. Aliás, o espaço mais bonito da cidade é a área da sua entrada, desde o quadro de gado, até o antigo cemitério, que soube, está superlotado. Conto com um grande cidadão, que deveria ser prefeito da cidade, que é Roberto Almeida, meu velho amigo de longas datas. Ele é secretário de governo, e ama a cidade. Muitos políticos que nem vou citar, já encheram muito o saco dele, com suas sacanagens, mas o nosso Roberto está aí, firme, mantendo-se um velho sonhador, lutando sempre pela cidade e seu povo, com humildade e altivez. Apesar de divergir muito com ele, sobretudo em relação ao desgoverno Lula, gosto das divergências, aliás, viva as diferenças, não? Me divirto muito com isso, sobretudo com nossa ocasionais brigas através dos blogs. É isso aí.

Ferreira GullarA cara do cara FOLHA DE S. PAULO / ILUSTRADA

Teríamos que ver Lula não como o estadista, que pretende ser, e, sim, como um espertalhão?

Devo admitir que, de algum tempo para cá, a personalidade de Lula tornou-se, para mim, motivo de surpresa e indagação. Trata-se, sem dúvida, de um personagem inusitado na história política do país. Contribui, para isso, obviamente, sua origem social, a condição de líder operário que, embora pouco afeito aos estudos e à leitura, chegou à mais alta posição que alguém pode alcançar no Estado brasileiro.

A trajetória que ele percorreu é, no entanto, compreensível, se se levam em conta os fatores que determinaram o processo político brasileiro durante os anos do regime militar. A repressão que a ditadura exerceu sobre os trabalhadores organizados, alijando dos sindicatos às lideranças surgidas do getulismo e do janguismo, propiciou o surgimento de uma liderança sindical, desvinculada tanto do peleguismo quanto dos comunistas que, por isso mesmo, prometia uma nova era na luta dos trabalhadores.

A figura principal desse movimento era Luiz Inácio Lula da Silva que, envolto nessa aura, fez renascer a esperança de velhos militantes incompatibilizados com o comunismo soviético, como também o entusiasmo de uma nova geração que se inspirava na Revolução Cubana. Não por acaso, Lula passou a usar a mesma barba que caracterizava as figura de Fidel e Guevara.

Enquanto durou a ditadura militar, ele e seu partido, o PT, mantiveram-se na luta pela restauração da democracia, ao lado do partido de oposição e de outras forças de esquerda. Finda a ditadura, Lula e seu grupo começaram a mostrar sua verdadeira face: tornaram-se adversários de todos os governos que se formaram, a partir de então. A própria Constituição de 1988 não contou com seu apoio, pois se negou a assiná-la.

De 1990 a 98, Lula fracassou em três tentativas de eleger-se presidente da República. Em 2002, deu um ultimato ao PT: para perder de novo, não se candidataria e, com isso, o partido abriu mão da postura radical, permitindo a Lula, inclusive, adotar como vice um empresário e comprometer-se com a política econômica de FHC, que haviam combatido ferozmente. Eleito, Lula repeliu a aliança com o PMDB e aliou-se a partidos menores, que seriam comprados com o mensalão. Quando o escândalo estourou, disse que não sabia de nada e obrigou seus auxiliares mais próximos a assumirem a culpa.

Depois, os absolveu e, recentemente, afirmou que o mensalão foi fruto de uma conspiração contra seu governo. Não houve.

A coragem de fazer tal afirmação, quando a denúncia daquelas falcatruas foi feita pelo procurador-geral da República e aceita pelo Supremo Tribunal Federal, é quase inconcebível em alguém que ocupa a Presidência da República. Mas esse é o Lula que, após assumir o governo, afirmou nunca ter sido de esquerda e, enquanto abre o cofre do BNDES à grandes empresas, alia-se ao antiamericanismo de Chávez e Ahmadinejad e abraça-se a Bush, a Fidel e Sarkozy. Dá seu apoio às eleições corruptas do Irã e se nega a reconhecer o presidente legitimamente eleito de Honduras.

Mas nada chocou tanto a opinião pública, dentro e fora do Brasil, quanto sua afirmação de que é inaceitável que alguém se deixe morrer numa greve de fome. E, como se não bastasse, comparou os prisioneiros políticos, condenados por delito de opinião, aos criminosos comuns, presos por roubar ou matar. O ministro Amorim tentou defendê-lo, dizendo que Lula, por já ter feito greve de fome, estava agora fazendo uma autocrítica.

Na verdade, Lula fingiu fazer greve de fome, em 1980, pois, como se sabe, comia escondido. Não se trata, pois, de autocrítica, mas da tentativa de desqualificar quem demonstrou a grandeza moral que ele não teve. Teríamos que vê-lo, não como o estadista, que pretende ser, e, sim, com um espertalhão, capaz de qualquer coisa que sirva a seus objetivos?

Seria, talvez, simples demais afirmar que sim. No entanto, como entender sua atitude, na visita recente ao Oriente Médio, quando se ofereceu, publicamente, para mediar o conflito entre judeus e palestinos, tarefa já entregue a um "quarteto" de alto nível composto pelos EUA, a comunidade europeia, a Rússia e a ONU? Como era de esperar, o oferecimento foi rejeitado pelos dois lados.Lula certamente não contava com isso, mas, esperto como é, tampouco se julgaria capaz de resolver tão complexo problema. O que lhe interessava era posar de estadista preocupado com as grandes questões mundiais. É o mesmo cara que inaugura obras não concluídas e acha que só um retardado mental faz greve de fome para valer.

Teme a era pós-Lula.

quarta-feira, 24 de março de 2010

LEIAM COM MODERAÇÃO: OS ASQUEROSOS quarta-feira, 24 de março de 2010 |

Leio uma notícia de estarrecer no caderno VIVER do jornal Tribuna do Norte, de Natal. Reproduzo trechos. E é preciso ter sangue frio.

A performance arte ou happenning vem causando polêmica desde suas primeiras aparições em meados do século passado.
(…)
A questão da ética na arte volta à tona esta semana, com a abertura do XIII Salão de Artes Visuais da Cidade - que abriu sexta-feira e fica em cartaz até 30 de abril, na Galeria Newton Navarro da Fundação Capitania das Artes.

A polêmica não foi pela qualidade das obras, o formato mais democrático ou rateio do prêmio em dinheiro - mudanças significativas na edição deste ano. Nenhum desses rendeu tanta discussão quanto a enigmática performance do cientista social e artista visual Pedro Costa, durante a abertura do tradicional XIII Salão de Artes da Cidade do Natal que aconteceu no Nalva Melo Café Salão na sexta-feira passada (12).

Na ocasião, Pedro Costa, um dos classificados da mostra na categoria performance artística, ficou nu diante da platéia e, na posição de quatro, retirou um rosário do ânus. O resultado da performance virou um vídeo que está ainda em exposição na galeria Newton Navarro da Funcarte, para apreciação do público. O objeto da performance, o rosário, também está em exposição. O vídeo foi parar na internet e vem gerando discussões nas redes sociais como twitter e nos blogs culturais.

O VIVER conversou com o artista Pedro Costa, que disse não estar surpreso com a repercussão. “Quando você faz um trabalho de arte contemporânea e lança para o público, a gente deixa que as pessoas façam as suas leituras. Prezo por esta liberdade”, declarou Pedro Costa.

A performance de Pedro passou pela curadoria do Salão de Artes Visuais - formada pelo paulista Márcio Harum; regional, o cearense Solon Ribeiro e o local, Leandro Garcia, eleito pelos artistas - sob o seguinte argumento, escrito pelo artista:
“representa a salvação. Uma salvação mítica que muitos gays acreditam haver para sublimar o fato de contrair uma doença sem cura. Como crítica, o ânus, lugar da morte gay, necessita da salvação, concedida pelo terço, em nossa sociedade ocidental dominada pela instituição católica e imposta como única forma de compreender o mundo e as relações humanas” .

Pedro Costa disse que a performance vem promover o que ele chama de “descolonização do corpo” através da expurgação do terço, que segundo ele é “um dos símbolos do domínio colonialista”.

Um dos curadores da mostra, Solon Ribeiro, artista plástico e professor de artes, saiu em defesa do artista:
“Acho o trabalho dele forte e faz parte da história da arte. Não é único, tem toda historia do body arte, que começou em 60 em Viena. Mas vai dialogar com a religião. Não pode ser visto como afronta à religião; é mais uma falação. O crucifixo poderia entrar pela boca, pelo ouvido o fato de ter gerado polêmica porque entrou pelo ânus é mais um preconceito. A madona também fez isso com o crucifixo”, disse ele.

Comento
Quem é mais intelectualmente delinqüente? O tal “artista”, cujo discurso deixa entrever a suspeita de maluquice clínica, ou a explicação indigente do tal Solon, provando, uma vez mais, que nome não é destino? Uma obra que tratasse qualquer outra religião com essa boçalidade seria liminarmente recusada no salão. Quando se trata de vilipendiar os símbolos cristãos, aí se evoca, então, a liberdade de expressão.

Costa, o que se expressa pelo traseiro, certamente se considera um mártir da diversidade — e os que selecionaram o seu trabalho queriam provocar a polêmica, julgando-se, certamente, já vitoriosos por isso. E o rapaz respeita essa diversidade de tal modo que resolveu ofender os que professam uma religião que não é a sua. Segundo diz, “nossa sociedade ocidental dominada pela instituição católica [é] imposta como única forma de compreender o mundo e as relações humanas”.

Pois é… A “nossa sociedade ocidental” tolera gente como ele, não é? Por que não decide parir pelo traseiro objetos religiosos no Irã, por exemplo, que não é nem cristão nem ocidental? Ou na China, idem, idem? Aliás, eu gostaria de vê-lo em Cuba expelindo um discurso de Fidel Castro ou aquela foto de Che Guevara — por lá não tem esse papo de cristianismo, que tanto oprime o rapaz.

Cadeia para Costa e para os que selecionaram o seu trabalho? Não, né? A sociedade que eles tanto detestam lhes permite a tolice e a delinqüência intelectual. É uma pena que não possam ser punidos segundo a sociedade que amam. Sem contar que me vejo forçado a lembrar que o crucifixo não é o maior risco que ele corre, dado o orifício por meio do qual se expressa.

Não é o fim dos tempos, não, gente! É só um flagrante de um tempo.

Por favor, tentem manter a serenidade nos comentários

Miram Leitão No silêncio da lei O GLOBO

Há mais de ano o presidente Lula e a ministra Dilma transformaram o governo em uma campanha eleitoral permanente. São eventos sucessivos na cara da Justiça Eleitoral, que não fixa parâmetros, não estabelece limites, não vê o evidente. O PAC II que será anunciado com apenas 11% do PAC I concluído é mais um dos desafios às leis, que permitem campanha apenas a partir de 5 de julho.

Existem governos que usam a máquina pública em campanha disfarçada. Alguns são punidos, a maioria, não. Algumas punições são ágeis, a maioria, não. Agora é pior. Não é o caso mais de falar em pré-campanha. O que está acontecendo é uma descarada campanha. Qual é o motivo de se lançar um programa com o outro tão inconcluso? E fazer isso na última semana em que a ministra Dilma Rousseff estará no governo? É mais um palanque.

Obras são inauguradas para voltarem a ser canteiros, assim que termina a passagem do presidente com sua candidata, como mostrou a Folha de S. Paulo no domingo.

No levantamento do jornal, 60% das obras inauguradas não estavam prontas, uma não tinha sequer licença ambiental. O Estado de S.

Paulo de ontem informou que relatórios do comitê gestor do PAC, analisados pelo site Contas Abertas, mostram que 54% dos projetos listados sequer saíram do papel; 35% estão em andamento e apenas 11% foram concluídos. O GLOBO revelou no domingo o tamanho da conta que ficará para o sucessor com obras não concluídas do PAC: R$ 35,2 bilhões, contratadas entre 2007 e 2010, mas que não foram executadas, nem pagas.

Os restos a pagar já somam R$ 25 bi e vão subir 40% até o fim do ano. Mesmo com inadimplências no cumprimento de prazos e orçamentos no primeiro plano, o governo vai lançar o segundo, para ter novo palanque.

Na campanha da reeleição, em 2006, o TSE proibiu peças publicitárias do governo que embutiam propaganda eleitoral.

Foram proibidas propagandas da Embrapa, Projeto Rondon, Brasil Sorridente, Olimpíadas da Matemática, Disque INSS e várias outras.

As decisões atingiram a administração direta, indireta, autarquias e fundações.

Atingiu até um programa da CUT que fazia uma declarada campanha em favor do presidente Lula. A ação enérgica do TSE é a única forma de criar parâmetros e prevenir novos abusos.

Desta vez, tudo está sendo aceito. Até uma pesquisa de opinião contratada por R$ 1 milhão pela Secretaria da Mulher. A secretaria, de parcos recursos, alega que quer saber as razões da sub-representação feminina no Parlamento. Como o problema é velho como o diabo, pode ser feita em qualquer época em que não haja o risco de uso indevido de pesquisa paga pelo orçamento público. No evento da Secretaria da Mulher, foram distribuídos leques com as fotos de Lula e Dilma dizendo ele é o cara, ela é a coroa.

No discurso que fez no Rio na segunda-feira, o presidente Lula acusou os outros governos de pequenez e de não fazerem obras de saneamento porque não poderiam pôr o nome da mãe ou da avó na manilha. Mas o PAC há muito tempo tem excluído, como alertou o Contas Abertas, o saneamento da conta porque o desempenho nesse setor puxaria a média de execução para baixo.
Quando o governo é perguntado sobre a razão da exclusão, argumenta que são obras de prefeitura e estado. Ora, se é assim, por que o presidente aproveitou até um evento internacional para acusar antecessores de não fazerem obras de saneamento? Os números não sustentam a convicção do presidente sobre seu governo. Ele é tão ruim quanto os antecessores em saneamento, e é por isso que o Brasil tem um índice vergonhoso. Pelos últimos dados, o Brasil tem apenas 52% dos domicílios com esgoto, quatro pontos percentuais a mais do que no início do mandato.

No PAC II, o governo vai brandir o número R$ 1 trilhão de investimentos. É ilusionismo.

Vai somar o que poderá estar nos orçamentos dos próximos anos, acrescentar investimentos previstos pelas estatais, os que poderão ser feitos pelo setor privado.

E assim fabricará um número gigante, em que a menor parte é investimento público, mas parecerá, a quem não tenha tempo de olhar com calma, que só o continuísmo do atual governo garantirá tudo aquilo. Há muito tempo o setor público no Brasil investe muito pouco.

Há anos em que não se chega a 1% do PIB, e isso não mudou no governo Lula. Só o fato de mais da metade desse número ser de obras ou possíveis investimentos do primeiro PAC já fica claro o truque: esconder o baixo desempenho, e inflar o número da suposta segunda etapa.

A lei diz que a campanha eleitoral começa em 5 de julho.

A partir de então, existem regras para o uso da máquina. O governo se aproveita de agora as normas serem difusas. O TSE bate cabeça.

Deu, num mesmo dia, dois veredictos: em um multou o governo por propaganda extemporânea, num evento em 29 de maio do ano passado, mas absolveu o governo em outra acusação idêntica.
O silêncio da Justiça, e suas hesitações, convalidam o comportamento abusivo. Cada dia sem parâmetros dá ao governo mais desenvoltura. O auge do abuso tem data marcada: será segunda-feira, no lançamento do chamado PAC II.

segunda-feira, 22 de março de 2010

BONECA ASSASSINA

Já notaram que “doutora” Dilma parece muito com àquelas bonecas de plástico, das mais vagabundinhas, cujo design deve ser de lá pelos idos dos anos quarenta, quem sabe. Só que, não uma boneca do bem, admitamos. Ela nunca se desculpou pelo passado de terrorista, o qual ela chama vagamente de revolucionário, como o fez, alto e bom som Fernando Gabeira, ao relembrar o seqüestro do embaixador americano pelo grupo terrorista autodenominado MR- 8, do qual fazia parte. Gabeira disse ser hoje radicalmente contrário ao seqüestro e ao terrorismo como forma de luta. Aliás, não canso de repetir, os velhos comunas do partidão nunca foram a favor. Foram a favor do terrorismo de estado, mas isso é outra conversa. Lênin abominava o terrorismo como forma de luta política por sua ineficácia, sobretudo. Foi ele um dos criadores do estado totalitário, aonde imperava o terrorismo de estado ao extremo. O terror tinha que ser onipresente, e muitas pessoas na ex União Soviética foram mandadas para os campos de concentração, escolhidos aleatoriamente na lista telefônica.
A candidatura Dilma é fruto de um “dedazzo” expressão usada pelos partidários do PRI mexicano um dos partidos mais corruptos da história recente , e que passou mais de setenta anos no poder, quando o presidente em questão apontava autocraticamente seu sucessor. Todos os aliados no íntimo torcem, de uma forma ou de outra, para que ela não decole nas pesquisas, mas engolem calados a candidata, apontada por “el chefe”, mesmo que rasgando as goelas alheias. Que faria a burocrata na presidência? Seria uma laranja de Lula, o que ademais seria um mal menor, ou seria tentada a governar mais com o PT, de idéias mais do que enferrujadas? Os banqueiros que não são nada bestas, estão desconfiados. O povo também deve ligar as antenas, por que não? Uma mulher altamente mentirosa, que mente sobre sua graduação escolar, quis fazer um dossiê contra dona Ruth Cardoso e outras diabruras mais, seria em quem a população depositasse confiança? Será que o povo e as oposições são assim tão bobas? Eu não votava numa pessoa dessas nem para vereadora de Caetés. Por isso prefiro votar em Nosferatu (Serra). É feio, chato, nem dorme direito, mas é experiente e trabahador, o melhor que o Brasil tem para superar a fase das reformas iniciadas e não terminadas por FHC. Reformas estas que garantem a governabilidade até hoje, é sempre bom lembrar. Ademais, prefiro mil vezes um social-democrata convicto do que uma stalinista remanescente. Àquele olhar diabólico dela não me deixa dúvidas. E em vocês?
Vade retro satanás!
Também podemos dizer que nossa boneca é fruto da corrupção petista contida sobretudo no mensalão. Quase todos os figurões petistas estão atolados em corrupção, sobretudo os que possivelmente contariam em listas sucessórias, ou seja: Pallocci, Zé Dirceu, Genoíno, e outros manos votados.Daí a solução Dilma, a Dilminha com cara de anjo e coração stalinista, ou seja satânico. Há quem duvide do parentesco ou parceria de Stalin com Satanás? Stálin matava rindo, com a temível caneta na mão. Os stalinistas remanescentes querem ainda salvar o mundo matando uma parte, sobretudo os que não se encaixam no sistema. Aliás, um “lindo sistema”...Ademais, seria bom que os castristas tupiniquins fossem morar em Cuba , vivendo como cidadãos cubanos. Creio que , além da comida, sentiriam logo falta das...novelas da globo.

RIDÍCULO

O papel da diplomacia brasileira, na recente visita de Lula ao Oriente Médio, sobretudo a Palestina onde se digladiam há décadas, judeus e palestinos, por pequenas e secas nesgas de terra. Lula, com sua diplomacia de botequim, desejava, nada mais nada menos, se não resolver, ser o principal mediador do conflito. Lula, negociador dos sindicatos corruptos nacionais, achava que ia abafar. Passou ridículo, pois foi duramente criticado pelos israelenses, sobretudo num parlamento quase vazio, sobre seu apoio ao Irã. Aliás, por falar em Irã, nosso deslumbrado presidente, pensava que este povo fosse árabe, e não persa. Sua assessoria no Itamarati , nem se deu ao trabalho de lhe dar umas aulas de geografia elementar. Quem mandou não estudar? Aconselhou aos israelenses se desarmarem de seus arsenais nucleares, para depois conversar com os persas, fundamentalistas religiosos, que usam os setores mais radicais da sociedade palestina, para fustigar os judeus. Ademais, os árabes mulçumanos mataram mais palestinos do que os israelenses, na Síria, na Jordânia, e principalmente no Líbano. Alguém minimamente informado duvida? Que peso econômico, militar, e consequentemente político o Brasil tem naquela conturbada região? E com esse anti-americanismo de botequim, como o Brasil vai arranjar um assento permanente no conselho de segurança, como deseja o governo, já que os EUA tem poder de veto, como também a Inglaterra. Em relação a Argentina, no caso das Malvinas, o Brasil ficou com a Argentina. Claro, os britânicos vão logo dar o troco.
É preciso dar aulas de história aos formuladores da política externa brasileira. A configuração geopolítica do mundo, vem dos acordos do pós-guerra, depois da segunda grande guerra, que terminou em 1945. Quem manda, é quem tem economia forte e sobretudo, poder militar. O resto é farofa. No século XXI, com a ascensão das chamadas nações emergentes, como o Brasil, Índia, China e Rússia, o perfil geopolitico tende a, digamos, multipolaridade. Só que dos quatro, apenas o Brasil não tem a bomba. China e Rússia, são potências nucleares. O Brasil entraria com as mulatas e os jogadores de futebol? Ou o mundo vai mudar com a lábia futebolística de Lula? Ademais, o Brasil está trocando uma política externa baseada na neutralidade para se colocar ao lado das piores ditaduras do mundo para realçar seu antiamericanismo. Aliás, nas nossas escolas, quase não se estuda o processo de independência nem a história do processo de formação dos Estados Unidos da América, o que é uma pena. Somos ignorantes no assunto, pois nas nossas universidades, escolhe-se o caminho mais fácil, que é o próprio antiamericanismo. É comum malhar os Estados Unidos, embora quase todos são, digamos difusamente seguidores da cultura norte-americana. Como lêem pouco, gostam do Rock, calça jeans, do cinema, e outras porcarias. Ou seja, consomem o que os EUA tem de pior.
Lula, na sua santa ignorância segue a política externa do Itamarati , formulada por seus ideólogos de esquerda, como Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim, que não são ignorantes, mas possuem uma visão extremamente equivocada do mundo globalizado do século XXI. Em síntese, advogam uma política externa que está mais para o patético ditador Hugo Chavez do que para o mundo civilizado e democrático. Claro, ninguém advoga um irrestrito alinhamento com os EUA, que aliás, nunca foi a característica da diplomacia nacional, inclusive nos governos militares. Só quem é ignorante,ou pessoa de má fé, afirma que nossa diplomacia sempre foi um apêndice da política norte-americana. Mas, talvez para se vingar, Hilarry Clinton afirmou que os resultados das viagens de Lula ao Oriente Médio foram risíveis. Foram ridículas, e o mundo vai aprendendo quem é Lula e seu partido, que apóia todas as piores ditaduras do mundo, e cacarecos ideológicos como Fidel e Companhia, que disse que nunca houve assassinatos ,prisões políticas nem torturas em Cuba. Lula e comissários acharam graça. E Fidel não morre, né? Por que coisa ruim dura tanto? E seu irmão, Raúl, talvez seja pior. Disse que a culpa pela morte do dissidente em greve de fome foi culpa do imperialismo norte-americano. Um cidadão desse não merecia pelo menos uma pisa! Nem que seja de sandálias havaianas, ora bolas!

DITADURA E ILEGALIDADE EM CAETÉS

Há mais de dez anos que não se realiza concurso público em Caetés. Uma vergonha, já que tomei conhecimento de que o quadro de funcionários efetivos no município hoje, mal passa de quatrocentos. Já o quadro total de funcionários, passa de mil e cem, ou seja, mais de seicentos contratados a bel prazer dos mandatários municipais. Estes seicentos contratados, rendem no mínimo, três mil votos, pois são controlados e vigiados a ferro e fogo pelos áulicos renumerados da prefeitura, que não são poucos, para vigiar os pouco descontentes. E tem funcionários ganhando cem reais,ou mesmo os mais privilegiados, ganhando cento e cinquenta. A previdência municipal está falida, com um caixa de setenta mil contos de réis. A prefeitura está inadimplente com o governo federal, o prefeito mora em Recife, e a prefeitura funciona num prédio também em Recife, o mesmo dos tempos do malfadado prefeito Zé da Luz, que agora, com o dinheiro do município quer ser deputado estadual. Dizem que,muitas vezes, carros da prefeitura fazem viagens ao Recife, para o prefeito assinar papéis, pois a beleza da rosa não pode se dar ao trabalho de vir à cidade. Uma vergonha, um absurdo que todo o Brasil deveria tomar conhecimento.

MERENDA DE NOVO

Apareceu a merenda em Caetés, porém não em todas escolas, só em algumas. Talvez para tapear as denúncias deste blog, e do vereador Severino Gordo. Grande parte da zona rural de Caetés ainda está sem a merenda. Estão usando o dinheiro para financiar a campanha a deputado do senhor Zé da Luz, verdadeiro mandatário da cidade? Ou para comprar agências de automóveis e construir bistrôs em Recife? Caetés é, como sabemos uma das mais pobres populações do estado de Pernambuco . O segundo menor IDH do estado . Roubam a merenda justamente dos mais pobres, o que é um grave crime contra o ser humano, bolas. Estive conversando com meu amigo e vereador Severino Gordo sobre o assunto, que de tão banalizado, quase todo o mundo acha normal. E a imprensa? E a televisão, por que não fazem reportagens? Roubar merenda dos esfomeados num país minimamente sério, deveria dar prisão perpétua. E ainda esses políticos desfilam soberbamente suas cafonices nas parcas e áulicas colunas sociais, não só dos jornais locais, mas também dos estaduais.

Patuscada Internacional Roberto Freire BRASIL ECONÔMICO

Há algum tempo a nossa política externa tem incomodado os especialistas e a opinião pública por conta de inegáveis consequências negativas para o nosso país. Um país que há décadas vinha sendo considerado nas disputas internacionais como dotado de uma concepção e um corpo profissional de diplomatas afinados com o espírito que norteia as ações da ONU, passa a ser olhado com desconfiança.

E da desconfiança para o isolamento é um passo, digo isolamento em relação às nações democráticas.

Desde que se tornou uma obsessão de Lula e seu governo colocar o Brasil como titular do Conselho de Segurança da ONU ou ele próprio secretário-geral da ONU, nossa política externa sofreu uma importante inflexão marqueteira, em busca de feitos inéditos e da simpatia de regimes de caráter discutível.

Em nosso continente, assume uma política marcadamente ideológica, aliando-se aos devaneios voluntaristas do assim chamado socialismo bolivariano do coronel Chávez, da Venezuela, chegando a subordinar nossos interesses de nação soberana aos interesses deste, como ficou claro no desentendimento havido entre Venezuela e Colômbia, quando se chegou à ameaça de confrontação armada.

No mesmo diapasão, assistimos a embaixada brasileira em Honduras, contrariando os mais elementares procedimentos diplomáticos, postar-se a serviço de um presidente afastado pela Justiça de seu país, Manuel Zelaya, e intrometendo-se nos destinos de uma nação soberana.

Não contente com essas e outras proezas, em visita a Cuba, quando um dissidente político, Orlando Zapata, foi morto por conta de uma greve de fome, Lula acusou o morto por ter radicalizado sua forma de protesto, silenciou sobre a falta de liberdade naquele país, e se recusou a intermediar apelos dos dissidentes.

Numa inadmissível insensatez, chegou a comparar presos políticos ou de consciência de lá com criminosos comuns de cá.

Enquanto protagoniza essa patuscada internacional, a representação do Brasil na ONU mantém um silêncio constrangedor na condenação a violação dos direitos humanos seja de que latitude for, mas especialmente se for de regime ideologicamente simpático.

Tal silêncio obsequioso do Brasil frente a países que atentam contra a dignidade humana representa um apoio velado a governos autoritários, muitos condenados pela consciência democrática da comunidade internacional.

Como agora, no Irã, com a proibição da Frente da Participação Islâmica do Irã, do ex-presidente Mohammad Khatami, e a detenção de centenas de reformistas, julgados, alguns condenados à morte, em meio à repressão contra manifestações iniciadas em junho, após suspeitas de fraude na eleição presidencial.

O que haveria por trás dessa relação fraternal com Mahmoud Ahmadinejad? Talvez seja esta a demonstração cabal da subordinação de nossa chancelaria a pressupostos que nada têm a ver com a defesa dos interesses nacionais e dos valores democráticos expressos na nossa Constituição.

* Roberto Freire é presidente nacional do PPS

A ''verdade coletiva'' de Lula: Roberto Romano O ESTADO DE S. PAULO

No episódio que abalou a imagem do presidente - o símile entre presos cubanos em greve de fome e bandidos - não sigo os revoltados pelas suas frases. Agradeço por ele usar uma verdade insofismável sobre a sua atitude mental. Desconfio dos que, na tentativa de manter aparências, dizem ter Luiz Inácio da Silva cometido um "escorregão". Se falam de escândalo, talvez acertem. O termo "escândalo" vem do grego "skadzein", cujo significado é "mancar". Ninguém nega que o presidente tenha "mancado" ao perder o freio decoroso na língua. Ele, no entanto, abriu sua alma, exibindo diante do Brasil e do mundo a ideologia que de fato o move.

O público já testemunhou outras distrações do hoje presidente. Em histórica fala a um jornal paulista, ele proclamou que "a liberdade individual está subordinada à liberdade coletiva. Na medida em que você cria parâmetros aceitos pela coletividade, o individualismo desaparece. Ou seja, não há razão para a defesa da liberdade individual. O que você precisa é criar mecanismos para que a grande maioria da comunidade possa participar das decisões" (Lula, 4/1/1986). E acrescentou: "A capacidade de você atender aos desejos individuais sem que isso prejudique os interesses coletivos é uma questão sobre a qual tenho dúvidas. Precisamos promover esta discussão dentro do PT."

Segundo os debates partidários, amigos transformam-se em inimigos do coletivo ideado pelos petistas. "Você pode excluir o grande empresário, a multinacional, mas você precisa discutir se vai excluir o pequeno e médio proprietário do campo e da cidade."

"Eu não quero", disse o sindicalista, "ser o dono da verdade, o senhor da razão". A tolice torna-se ameaçadora no complemento da frase: "Eu tenho uma verdade que está subordinada à verdade coletiva." Treblinka, Auschwitz, o Gulag e Cuba resultam de tais "verdades coletivas". Segundo aquela doutrina, um preso político cubano só pode ser bandido, pois vai contra a verdade, propriedade do Estado.

A exclusão dos inimigos (todos os que não se encontram no partido) se enraíza na cultura petista. Mas após derrotas acachapantes, aconselhado por especialistas em marketing político, Lula maquiou a fala dogmática. Chegaram as alianças eleitorais, a persuasão dirigida aos setores médios e, last but not least, o elo com setores da imprensa. Assustar o grande empresário, a multinacional, além do pequeno e médio proprietário do campo e da cidade, perceberam os petistas, era receita de fracasso. Surgia o esboço do "Lulinha paz e amor" e da Carta ao Povo Brasileiro. Líderes como Antônio Palocci ensaiaram privatizações "neoliberais" em seus domínios. O aço totalitário se cobria com o chantilly propagandístico. Era superada a era das pizzarias e padarias para o PT. Começava o tempo dos bons restaurantes, das garrafas de Romanée Conti. Oligarcas passaram a ser convidados de honra no convescote: Antonio Carlos Magalhães, José Sarney e outros receberam novos títulos, pois garantiam a governabilidade...

A encenação convenceu. Grandes empresas, multinacionais, pequenos e médios proprietários, boa parte da imprensa, todos azeitados pelos dividendos de uma política econômica antes execrada no petismo, aplaudiram o "novo PT". Com as loas ao suposto bom senso, carisma e quejandos de Luiz Inácio da Silva, entoadas no Congresso pela oposição, veio o apoio às iniciativas governamentais na economia e adjacências. Quanto maior o sucesso entre os antigos inimigos, maior o cinismo dos petistas em relação a si mesmos. Discutir a divida externa, romper com o Fundo Monetário Internacional (FMI), controlar o capital estrangeiro? Bravatas. Política radical e socialista? "Nunca fui de esquerda", asseverou o líder, aplaudido em delírio.

Passaram os dias e, arrogantes, seguros de manter o mando, os petistas começaram a soltar os demônios reprimidos. Já no episódio do "mensalão" sobraram raios e trovões contra a "imprensa burguesa", os empresários, os promotores públicos. Mas o presidente foi à TV e pediu desculpas, dizendo não saber a causa de suas escusas. Agora confessa: sabia. Chegaram os aloprados, os projetos de mordaça na mídia, a defesa de Sarney a todo custo (inclusive ao preço da censura, como no caso deste jornal) e as unhas ideológicas apareceram, somadas aos caninos. Lenta e inexorável, ressurge a busca de uma hegemonia ditatorial mantida pelos escravos voluntários, os militantes. Estes tudo fazem para garantir o poder aos donos do partido. Quanto mais seguros de que ficarão no Planalto por mil anos, maior a grosseria dos ataques contra quem não dobra espinha e ouvido às ordens palacianas.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ferreira Gullar: Pega mal

DEU NA FOLHA DE S. PAULO / ILUSTRADA

Como convencer-se de que o que disse naquele discurso era verdade, se já sabe que não era?

Como pode uma senhora de mais de 60 anos -que em breve será avó- dizer mentiras? E em público, para a nação inteira, sabendo que as pessoas honestas e informadas do país saberão que ela está dizendo mentiras e, ainda assim, o faz em altos brados, para que todos ouçam! Pergunto, sem maldade: pode alguém confiar numa senhora que mente?

E ela mesma, esta senhora que mente, terminado o ato público, a solenidade ou o comício, ao voltar para casa e deitar a cabeça no travesseiro, que dirá a si mesma?

Imaginemos a cena: ela sozinha no quarto, troca de roupas, deita-se na cama e apaga a luz. Foi um dia agitado, passou a noite a ouvir discursos no congresso de seu partido, à espera do momento em que faria seu próprio discurso, por todos esperado. Dali a alguns momentos, ela seria aclamada candidata à Presidência da República e, então, faria seu pronunciamento à nação.

E, nesse pronunciamento, iria mentir, iria afirmar coisas que sabia não serem verdadeiras, com o propósito de desacreditar os adversários políticos e futuramente derrotá-los nas urnas. E então mentiu, mentiu diante de seus companheiros de partido, que sabiam que ela mentia; mentiu perante o presidente da República, o inventor de sua candidatura, que ali estava a exaltar-lhe os méritos e sabia que ela mentia. E, agora, sozinha, no silêncio do quarto, que diria a si mesma?

Não pode dizer a si mesma que não mentira. Isso o mentiroso poderá dizer a alguém que o acuse de ter mentido: finge estar ofendido, faz-se de indignado e chega até a insultar quem o acusou de mentir. É parte do papel do mentiroso. Mas consigo mesmo, não consegue fazê-lo. Enganar os outros é possível, ou pelo menos ele acredita que consegue, mas enganar a si mesmo é bem mais difícil, se não impossível.

Como convencer-se de que o que disse naquele discurso era verdade, se sabe que não era? Com a cabeça no travesseiro, sozinha consigo mesma, será que lhe vem à mente a confissão dolorosa?

Será que, contra sua vontade, uma voz interior, que só ela ouve, lhe dirá: "Como teve a coragem de dizer esta noite, para o país inteiro ouvir, tantas inverdades? Acha certo enganar as pessoas? E pior ainda, enganá-las ao mesmo tempo em que se propõe governar o país?".

Não posso garantir que isso tenha ocorrido, pois há casos de pessoas mentirosas que terminam acreditando nas próprias mentiras. Se bem que esses que acreditam no que inventam são outro tipo de mentirosos, que necessitam, sobretudo, enganar-se a si mesmos, mais do que enganar os outros.

Esse gênero de mentira é diferente da mentira política, quando o cara afirma coisas que não aconteceram, que todas as pessoas informadas sabem que não aconteceram e, mais que todos, o próprio mentiroso o sabe e sabe que todos o sabem.

Pelo que li nos jornais e vi na TV, no 4º Congresso do Partido dos Trabalhadores, o que não faltou foi mentira. Creio que a ministra Dilma Rousseff é essencialmente honesta, tanto que sempre que afirma certas coisas, percebe-se hesitação em sua voz. Não se sente à vontade, como Lula, que, ali mesmo, afirmou ter sido o mensalão uma conspiração contra seu governo. Uma conspiração da qual deve ter participado o procurador-geral da República, uma vez que, em sua denúncia, falou de "uma quadrilha", chefiada pelo chefe da Casa Civil do Lula.

No segundo turno das eleições de 2006, o PT inventou que Geraldo Alckmin, se eleito, privatizaria a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Isso nunca havia sido dito nem cogitado pelo PSDB, nem por seu candidato nem por ninguém.

Uma pura e simples calúnia, com o objetivo de minar a candidatura adversária.

O primeiro a dizer isso foi Lula, num debate na televisão. Alckmin o desmentiu, no mesmo instante. Lula se calou, mas, já no dia seguinte, a propaganda do PT insistia na mentira, que enganou muita gente e garantiu a vitória de Lula. Agora, mal começa a campanha, Dilma retoma a afirmação mentirosa, deixando claro qual será o nível em que o PT pretende conduzir a disputa.

Na verdade, durante o governo FHC, foram feitas várias privatizações, com resultado altamente positivo para o país, a começar pela telefônica, cuja privatização tornou o celular um bem comum a qualquer brasileiro; a CSN, privatizada, passou a dar lucro em vez de prejuízo aos cofres públicos; e a Vale do Rio Doce se tornou uma das maiores empresas do mundo.

Dilma cala sobre essas privatizações que deram certo e mente sobre as "privatizações" que nunca ninguém pensou fazer. Para uma senhora já de certa idade, ainda que petista, pega mal.

DENIS LERRER ROSENFIELD: Mundo às avessas

O Estado de S. Paulo - 01/03/2010
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), numa iniciativa primorosa de sua presidente, senadora Kátia Abreu, criou, em fevereiro, o Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, voltado para um levantamento sobre esse assunto no Brasil. Temos observado nos últimos anos o direito de propriedade ser pisoteado, como se ele fosse uma espécie de usurpação, e não a condição mesma de sociedades livres.

O evento contou com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, que fez uma bela conferência sobre os direitos fundamentais num Estado democrático, mostrando o protagonismo da mais alta Corte de nosso país na defesa das liberdades e do Estado de Direito. Convém frisar que o ministro Gilmar Mendes se tem destacado na defesa do ordenamento constitucional do País, das liberdades fundamentais e da segurança jurídica. Nada aparentemente fora do lugar, salvo algumas reações que bem mostram a dificuldade do País no amadurecimento do Estado Democrático de Direito.

Em artigo publicado dia 19/2 no Jornal do Brasil, o jurista Dalmo Dallari tomou as dores dos movimentos sociais - a saber, do MST e das pastorais da Igreja Católica - e investiu pesadamente contra o ministro Gilmar Mendes e a senadora Kátia Abreu. Chegou até a qualificar o acordo assinado entre a CNA e o CNJ, tendo como objetivo a segurança jurídica, de "corrupção institucional". Por que uma reação tão virulenta contra um acordo que nada mais faz do que reforçar o que é assegurado pela própria Constituição?

O argumento apresentado - se é que se pode dizer que seja um argumento - é o da presença do presidente do STF numa entidade empresarial, cujo setor responde por mais de um terço do produto interno bruto (PIB) brasileiro e tem sido objeto de invasões, sequestros e violências dos mais diferentes tipos, patrocinados pelo MST, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). É como se presidentes do STF e do CNJ não pudessem - nem devessem - defender o direito de propriedade e as liberdades fundamentais. O que causa espanto é que tal "indignação" não se dirija também ao presidente da República, que reiteradas vezes recebeu esses ditos movimentos sociais, cuja prática cotidiana é o crime e o ilícito. Quem respeita a Constituição é condenado e quem a desrespeita, elogiado.

Causa ainda surpresa o eminente jurista se insurgir contra o fato de Kátia Abreu ser senadora e presidente de uma entidade empresarial. Reinaldo Azevedo, com muita propriedade e ironia, observou, em seu blog, que a mesma indignação não se fez presente em relação a outros presidentes de confederações de empresários e trabalhadores que acumulam funções parlamentares e de representação sindical. Por que uma indignação tão particular? Por que o silêncio quanto ao aparelhamento do Estado, tomado por sindicatos e movimentos sociais?

Silêncio tanto mais assustador porque se faz justamente a propósito da captura de órgãos do Estado pelos ditos movimentos sociais. O MST e a CPT estão particularmente presentes no Ministério do Desenvolvimento Agrário, em especial no Incra e na Ouvidoria Agrária Nacional. Tais órgãos se tornaram verdadeiros focos de insegurança jurídica. Denúncias de corrupção e de desvio de recursos públicos são cada vez mais abundantes, favorecendo esses movimentos sociais, que são, assim, financiados pelos próprios contribuintes que têm suas propriedades invadidas. Sobre essa verdadeira corrupção, institucional e financeira, o silêncio é ensurdecedor.

Kátia Abreu foi qualificada como "lobista notória". A qualificação é tanto mais interessante pelo fato de o eminente jurista ter participado de uma mesa-redonda na mesma CNA a convite da própria senadora. O evento foi realizado em 10 de novembro de 2009 e teve como tema "O direito de propriedade e os índices de produtividade". Participei dessa mesa-redonda e não ouvi nada de desabonador à CNA nem à senadora. Aliás, as relações foram muito cordiais. Por que, então, esse arroubo? Ou seja, o ministro Gilmar Mendes não deveria ter aceitado o convite para comparecer a essa entidade empresarial na assinatura de um acordo, enquanto o dr. Dalmo Dallari não se constrange em se reunir com uma "lobista notória". A CNA mostra-se pluralista, os seus críticos exibem o seu viés dogmático.

Aliás, em sua intervenção na CNA, o dr. Dalmo Dallari não teceu nenhuma crítica às invasões do MST e da CPT por todo o Brasil, contentando-se com generalizações sobre a necessidade da reforma agrária. Mesmo provocado, disse desconhecer o caráter marxista do MST e das pastorais da Igreja, apoiadas pela Teologia da Libertação. Até o atual papa já criticou o marxismo da Teologia da Libertação, mostrando a sua incompatibilidade com a doutrina cristã.

Tal "desconhecimento" é preocupante por serem esses ditos movimentos sociais verdadeiras organizações políticas que procuram implantar no Brasil o socialismo/comunismo. Basta a leitura dos documentos e manuais dessas organizações, nada difícil de ser feita. O material é abundante. Seu objetivo consiste em subverter a ordem constitucional, começando pela relativização do direito de propriedade, pela não-obediência ao Estado de Direito e pelo desrespeito às instituições democráticas.

Se o Observatório já causa tanta reação é porque ele rompe o monopólio da informação, até agora em poder das pastorais da Igreja, que se vinham arrogando a posição de porta-vozes morais do campo brasileiro. Na verdade, vinham acobertando e justificando a violência e a insegurança jurídica. Vinham formando a opinião pública nacional e a internacional. Doravante serão obrigadas a escutar outras vozes, ao pluralismo. Bem-vindo seja o Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo. E que essa iniciativa possa ser ampliada às cidades e a outros setores da vida nacional.

Miriam Leitão Refúgio dos ricos. O GLOBO

Dos empréstimos concedidos no ano passado pelo BNDES, as grandes empresas representaram 9,7% das operações e ficaram com 83% do dinheiro. Há casos espantosos, como o do frigorífico JBS Friboi, do qual o BNDES comprou 99,9% das debêntures emitidas. O maior desembolso foi para o projeto que tem contestação do TCU, mas que o governo resolveu manter assim mesmo: a refinaria Abreu e Lima.

O BNDES é um velho canal pelo qual o Brasil transfere dinheiro para a elite empresarial. O dinheiro é mais barato do que o custo pago pelo Tesouro por sua dívida, ou seja, é subsidiado.

Nunca antes na história desse BNDES houve tantas operações de grande volume para empresas grandes por motivos discutíveis.

Nesta crise, o banco voltou a ser hospital de empresas, um papel que havia sido renegado na década passada pelos prejuízos que provocou.

No começo do ano passado, logo após receber R$ 100 bilhões do Tesouro, o banco liberou R$ 2,4 bilhões para capitalizar a Sadia, para que a empresa fosse assumida pela Perdigão, formando a BR Foods. A Sadia estava em encrenca justamente por erros dos seus acionistas e administradores na especulação com o câmbio.

E, se não comprasse, o que aconteceria? Nada, a empresa acabaria sendo comprada por um preço mais baixo por qualquer concorrente interessado nos ativos.

O fato é que com operações assim, o que o BNDES preservou foi o patrimônio dos acionistas. Foi mais uma vez o refúgio dos ricos.

O caso do Friboi é espantoso.

Primeiro, porque é descarada a preferência pelo frigorífico e o financiamento total ao seu projeto de internacionalização.

A imprensa fala em R$ 7,5 bilhões aplicados pelo banco na empresa em dois anos. Até o presidente da Associação Brasileira de Frigoríficos, Péricles Salazar, em entrevista ao "Estado de S. Paulo", disse o seguinte: "O grande pecado do BNDES é o excesso. O país tem outras prioridades. Por que jogar tanto dinheiro numa empresa só?" O BNDES admitiu ter posto R$ 3,2 bilhões e mais R$ 2,5 bi no Bertin, comprado pelo JBS.

O Friboi tem quase 80% da sua receita fora do país. Na operação para a compra do Pilgrim's Pride, um frigorífico americano, a empresa lançou debêntures de R$ 3,4 bilhões, e o BNDES comprou 99,9%. A família Batista, dona da empresa, comprou meros 0,05%. Consultado, o JBS alegou que não tinha técnico disponível para responder às nossas perguntas.

Quando a Aracruz também se complicou com derivativos cambiais, a Votorantim a comprou por R$ 5,4 bilhões, mas o negócio só foi possível porque o BNDES fez um aporte de R$ 2,4 bilhões na VCP, 40% do valor do negócio, deixando assim a família Ermírio de Moraes e as famílias donas da Aracruz com seus patrimônios preservados e engordados. Essas operações de compra de ativos não geram emprego, muito menos a compra no exterior, como fez o JBS Friboi.

O dinheiro dado à Telemar para a compra da Brasil Telecom foi uma extravagância.

E, de novo, era um negócio que significava mais concentração e nenhum emprego.

Só duas das parcelas foram: R$ 2,6 bilhões, anunciada em 2008, e R$ 4,4 bilhões, em 2009. Consultada, a empresa disse que está em período de silêncio que antecede a divulgação de balanços.

O BNDES afirma que só participou com R$ 2,6 bilhões na compra pela Telemar da Brasil Telecom. No balanço de 2009, há R$ 4,2 bi em empréstimos para a Telemar e Brasil Telecom.

O pior empréstimo do BNDES foi para o frigorífico Independência, porque a operação de injeção de R$ 450 milhões no capital foi feita em novembro de 2008. Com esse capital, o banco ficou sócio do frigorífico, do qual 100% das ações pertenciam à família Russo. O banco subscreveu R$ 250 milhões de ações e em março faria outra operação de R$ 200 milhões, mas aí a empresa quebrou e entrou em recuperação judicial.

Hoje, vários bancos estão na Justiça, inclusive o JP Morgan, para tomar os bens de acionistas. O BNDES nos respondeu que encaminhou o assunto ao departamento jurídico. O que precisa ser explicado é como ele colocou tanto dinheiro num frigorífico às vésperas de quebrar.

O BNDES montou também uma acrobacia fiscal para tentar garantir a aparência de cumprimento do superávit primário. Transferiu R$ 3,5 bilhões para o Tesouro comprando dividendos da Eletrobrás.

Tradicional financiador de projetos de longo prazo, o banco hoje em muitas operações se distancia desse perfil. Virou sócio de empresas com dificuldades e, além disso, empresta recursos para as mesmas empresas das quais é sócio. Faz operações de alto risco, como a do Frigorífico Independência, e participa de manobras fiscais para edulcorar as contas públicas.

Para as pequenas empresas, o banco destinou 5% do capital; para as micro, 4%; e para as médias, 7%. Pessoa física ficou com 1%. O resto, 83%, foi para as grandes, que são apenas 9,7% das operações.

No site da instituição, está registrado que os maiores empréstimos foram para a Refinaria Abreu e Lima, R$ 10 bilhões; Petrobras, com outros R$ 10 bilhões; alguns grandes projetos como Santo Antônio; Jirau; e grandes empresas mesmo estrangeiras como General Motors. No ano passado, na área industrial, o JBS está como a maior operação, com R$ 3,5 bilhões a título de "internacionalização da empresa". A segunda é de compra de ações da BR Foods, de "até" R$ 1 bilhão.

E houve várias operações apenas de concessão de capital de giro, como a de R$ 200 milhões para a Camargo Corrêa, mesmo valor destinado à Positivo Informática.

Para as Lojas Americanas, R$ 150 milhões; para a TIM, duas operações de R$ 200 milhões cada. Capital de giro não costuma ser financiamento de longo prazo.

Digamos que tudo isso foi feito numa ação anticíclica.

E agora que a crise passou? O BNDES vai manter o mesmo tipo de atuação?

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